A Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) vai investir nada menos que 9,2 bilhões de dólares (mais de 36 bilhões de Reais!) para adquirir até 351 jatos de treinamento T-X, 46 simuladores e equipamentos de apoio. O anúncio foi feito hoje (27 de setembro).
Desenvolvido em uma parceria entre a Boeing e a Saab, o projeto desbancou o T-50, versão da Lockheed Martin para o caça leve coreano FA-50, e o T-100, versão da Leonardo do treinador italiano M-346 Master. O objetivo da concorrência é substituir uma frota de quase 400 treinadores T-38 Talon, hoje responsável pela formação dos futuros aviadores de combate da USAF.
A entrega dos T-X, contudo, não será imediata. A primeira parte do contrato, agora firmada, envolve apenas cinco unidades e sete simuladores, com um valor de US$ 813 milhões. Contratos adicionais serão assinados para aumentar as encomendas, chegando ao limite financeiro de US$ 9,2 bilhões.
Um dos compromissos do consórcio Boeing/Saab é que 90% da construção das aeronaves acontecerá em solo norte-americano. A promessa é a de haver a criação de mais de 17.000 empregos no país. Hoje, dois protótipos já estão prontos, realizando voos de testes.
O planejamento prevê que as primeiras aeronaves serão entregues em 2023. A capacidade operacional básica será alcançada em 2024, e os jatos deverão estar plenamente operacionais em 2035.
Tendo voado pela primeira vez em dezembro de 2016, o T-X é equipado com um motor F404, o mesmo utilizado nos F-18 Super Hornet. A aeroneve poderá alcançar até 702 nós de velocidade (1.300 km/h). O peso máximo de decolagem é de 5.500 kg.
Com uma cabine para dois pilotos dispostos em tandem, como nas aeronaves de caça, o T-X terá a tecnologia a bordo necessária para formar pilotos de aeronaves como o F-35 e o F-22.
