AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

USAF e US Navy treinam guerra antinavio com informações compartilhadas entre aeronaves e drones

MQ-9 da USAF durante operações com a US Navy, em 2021. Foto: Shannon Renfroe

A United States Air Force (USAF) e a United States Navy (US Navy) realizaram com sucesso um exercício com o objetivo de aprimorar e acelerar a capacidade para detectar e destruir navios de guerra inimigos mesmo em um ambiente de difícil identificação, como em áreas com muitas embarcações civis. Um drone MQ-9 Reaper da USAF se aproximou de maneira discreta de um alvo simulado e enviou os dados de localização para um E-2 Hawkeye da US Navy, que conduziu o ataque de jatos navais F-18 Hornet e AV-8 Harrier.

F-18 Super Hornet durante operações navais. Foto: Ignacio D. Perez

A principal vantagem obtida foi que o drone manteve a vigilância visual do alvo durante toda a ação. Isso permitiu aos tripulantes do E-2 realizarem a vetoração das aeronaves de ataque com maior precisão, sem risco de um alvo civil ser atingido. Enquanto a força de ataque se aproximava, o MQ-9 monitorou a área para evitar qualquer aproximação considerada perigosa. Mesmo após o navio ser atingido, o drone teve como filmar os danos e enviar dados para a confirmação da destruição do alvo.

O E-2 Hawkeye tem sido continuadamente modernizado e recebido novas missões na US Navy: Foto: Jason T. Poplin

Com uso intenso do datalink para tramitar informações, o objetivo dessa nova metodologia de ataque é acelerar o ciclo decisório entre a identificação de um alvo e o ataque, inclusive em ambientes com tráfego marítimo intenso. Também marca o uso do E-2 Hawkeye como uma aeronave que vai além da vigilância do espaço aéreo, integrando as ações ar-ar e ar-superfície: durante o treinamento, os jatos de ataque foram até vetorados de forma a fugir de uma ameaça aérea simulada.

O treinamento aconteceu durante o exercício Neptune Strike 2023, que reuniu 21 países aliados para ações aeronavais e anfíbias no Mar Báltico, incluindo porta-aviões dos Estados Unidos, Itália, França e Espanha. O ataque simulado realizado contou com a participação da Espanha, que empregou seus AV-8 Harrier. O foco é que esse tipo de identificação visual realizada por drone se torne uma operação recorrente no âmbito da OTAN.

AV-8B da Armada da Espanha

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