AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Perto de aposentar o AMX, FAB treina lançamento de bombas guiadas

Esquadrão Poker realiza exercício Lizard. Foto: Sargento Ribas

Com a previsão de aposentar a frota remanescente de jatos de ataque A-1 AMX no fim de 2025, a Força Aérea Brasileira realizou mais uma campanha de lançamento de bombas inteligentes Lizard 460, de forma a manter pilotos e equipes de manutenção preparados para esse tipo de emprego. Chamado de exercício técnico Lizard, a atividade ocorreu no Campo de Provas Brigadeiro Veloso (CPBV), na Serra do Cachimbo (PA), na primeira quinzena de junho.

Além do armamento guiado, os caças A-1AM utilizaram bombas de emprego geral e os seus canhões de 30mm. A estrutura do CPBV, com mais de 20.000 km² de área isolada e um extenso espaço aéreo dedicado, permitiu a realização de manobras complexas com armamentos de grande porte em ambiente seguro e realista, graças também à presença de simulacros de alvos táticos no terreno.

O exercício também contou com a atuação do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR), que participou como Guia Aéreo Avançado (GAA), orientando as aeronaves para o emprego preciso sobre os alvos simulados. Destaque ainda para o Grupo Logístico de Santa Maria (GLOG-SM), que demonstrou capacidade de manter as aeronaves em voo fora de sede.

Esquadrão Poker é o último a operar o AMX. Foto: Sargento Ribas

Aposentadoria próxima

Primeira aeronave da FAB a contar com sistemas de ataque de precisão, o AMX está perto de sair do serviço ativo. Hoje, apenas o Esquadrão Poker, sediado em Santa Maria (RS), utiliza o jato, fabricado pela Embraer em parceria com empresas italianas.  Em meio ao exercício Lizard, a unidade aérea completou 30 mil horas de voo com o AMX, contribuindo para as mais de cem mil horas do modelo com as cores da FAB.

Em 15 de dezembro de 2016, o Esquadrão Adelphi, que era sediado na Base Aérea de Santa Cruz, no Rio de Janeiro (RJ), foi desativado, após 27 anos, 2 meses e 14 dias. A unidade havia sido criada para voar o A-1 e foi a pioneira.

Esquadrão Poker comemora 30 mil horas de voo com o AMX. Foto: Sagento Ribas

Já em 9 de dezembro de 2024, foi realizado o último voo com o Esquadrão Centauro, sediado na Base Aérea de Santa Maria (RS), após 25 anos, 9 meses e 7 dias com o modelo. A frota remanescente, hoje de cerca de meia dúzia de aeronaves, foi concentrada, então, no Esquadrão Poker, que opera o A-1 desde 1999.

Ao todo, a FAB recebeu 56 aeronaves A-1, sendo 45 A-1A e 11 A-1B, para dois ocupantes. A frota já havia ficado aquém do planejado, que seria de 79 unidades. O ritmo de produção também foi lento, com uma média inferior a cinco aeronaves por ano. Posteriormente, o plano de contar com 43 jatos AMX modernizados para o padrão A-1M até 2017 foi reduzido inicialmente para 14, tendo ficado em apenas onze células modernizadas.

Foto: Humberto Leite

Sem substituto

Com o iminente encerramento da vida operacional dos A-1M, a FAB perderá boa parte da sua capacidade de ataque à superfície. Isso porque os nove F-39E Gripen já em serviço com o 1º Grupo de Defesa Aérea têm sido inicialmente testados para missões ar-ar, sem haver indicativos de que cumpram missões típicas dos A-1. Já os F-5EM/FM remanescentes, mesmo modernizados, não têm um desempenho próximo ao alcançado pelo AMX, principalmente em termos de capacidade bélica e alcance.

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