A força aérea da Turquia poderá receber caças Eurofighter Typhoon. O negócio vinha sendo barrado pela Alemanha, um dos membros do consórcio europeu, porém, em uma reviravolta que agrada aos demais parceiros (Reino Unido, Itália e Espanha), a futura exportação agora tem luz verde. Um dos principais fatores foi o acordo de paz com a minoria curda, que passará a lutar por seus direitos por meios democráticos.
Com a aposentadoria dos seus F-4 Phantom II, a crescente idade da frota de F-16 e a expulsão do programa F-35 após a aquisição de sistemas antiaéreos russos S-400, a Turquia apostava no Eurofighter como solução para reequipar sua frota. O plano inicial é receber 40 unidades, sendo 20 de segunda mão e 20 novos.

A motivação econômica também é clara. Em mais de 20 anos, o consórcio Eurofighter fez apenas 136 exportações para países fora do grupo (Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Catar). Além disso, a venda permitirá manter ativa a linha de montagem com a versão mais moderna do jato, incluindo radar AESA CaptorE Mk2.
Há, ainda, considerações estratégicas. A Turquia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1952, sendo um rival histórico da Rússia. Além disso, sem opções de caças avançados para substituir seus F-16 mais antigos, a Turquia acelerou o desenvolvimento do seu caça TF-X Kaan, que futuramente poderá disputar mercado com caças da Europa Ocidental.
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