Pré-candidato para as próximas eleições presidenciais da Colômbia, o comentarista político Abelardo de la Espriella usou as redes sociais para pedir que o governo dos Estados Unidos imponha um veto à compra de novos caças Gripen pelo seu país até que um novo governo assuma o poder, em 7 de agosto de 2026. Um contrato entre o atual governo colombiano e a empresa sueca Saab foi assinado em 15 de novembro para o fornecimento de 17 caças Gripen E/F.
Abelardo de la Espriella alegou, nas redes sociais, que os EUA têm o poder de vetar o negócio por conta da presença dos motores General Electric F414G. Ele pede para que haja a oportunidade de revisar o preço do contrato e os acordos de offset. Disse ainda que um possível veto evitaria que as próximas eleições sejam influenciadas por dinheiro de corrupção. Ele não apresentou nenhuma prova da acusação contra a Saab nem contra o atual governo, que classifica como “criminoso”.

Avaliado em cerca de 3,1 bilhões de Euros (cerca de 3,3 bilhões de dólares ou 16,8 bilhões de Reais), o contrato com a Saab prevê a entrega de 15 Gripen E e de dois Gripen F, aeronaves do padrão atualmente recebido pela Força Aérea Brasileira. O primeiro jato será enviado para a Colômbia já em 2028 e o último em 2032. Estão previstos ainda um pacote de compensações comerciais (offsets) e uma série de equipamentos avançados, como radar AESA, armamentos, sistema IRST e tecnologias de autodefesa.
A compra ocorre após anos de ofertas de caças novos e usados para a Colômbia, entre eles o F-16, o Rafale e o Eurofighter Typhoon. O processo de compra já se arrasta há três governos. Os jatos precisam substituir os IAI Kfir recebidos entre 1989 e 1990. Menos de dez ainda estariam em voo, enquanto as capacidades operacionais vêm se degradando e os custos de manutenção subindo. Vale ressaltar que se trata de uma versão atualizada por Israel do caça Mirage III. A frota foi atualizada em 2008 para o padrão Kfir C10.
Apesar dessa realidade, em sua acusação pública, Abelardo de la Espriella questiona a “conveniência financeira ou militar” da compra dos novos caças.


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