AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Brasil vai ampliar capacidades aeronavais com navio “Oiapoque”

Em primeiro plano, o Oiapoque ao lado do Navio-Aeródromo Atlântico, quando ainda operavam na Royal Navy como HMS Bulkwark e HMS Ocean, respectivamente

O Brasil terá reforço das suas capacidades aeronavais em 2026. Isso porque serão iniciadas as operações do Navio Doca Multipropósito (NDM) Oiapoque, adquirido usado do Reino Unido, onde operou entre abril de 2005 e março de 2025 com o nome de HMS Bulwark. O navio será o segundo maior da frota da Marinha do Brasil e poderá operar com até dois helicópteros de grande porte de maneira simultânea, caso do UH-15 Super Cougar e SH-16 Sea Hawk.

Apesar de não ter hangar, o convés de voo, com 64 metros, pode ter intensa atividade aérea. No Reino Unido, eram utilizadas aeronaves Sea King, Merlin e mesmo o Chinook. A expectativa é de que a Marinha do Brasil desenvolva uma doutrina aeronaval própria para o Oiapoque, inclusive para aeronaves de menor porte, como os UH-12 Esquilo e AH-11B Lynx.

Há a expectativa de o Oiapoque ser utilizado em dois tipos de cenários. O primeiro, em tempos de guerra, é o desembarque de uma tropa de 710 militares em “cabeça de praia”, para isso contando tanto com as aeronaves embarcadas quanto lanchas, navios de desembarque e outros tipos de veículos.

A segunda tarefa é a de missões de apoio humanitário, como as realizadas em São Paulo e Rio Grande do Sul, em 2023 e 2024, respectivamente. Neste caso, seu interior pode ser utilizado até como espaço para funcionamento de um hospital de campanha.

Será o segundo maior navio de guerra brasileiro, atrás somente do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico. O navio de desembarque de carros de combate (NDCC) Almirante Saboia e o Navio Doca Multipropósito (NDM) Bahia completam a frota de grande porte, com capacidade de operar helicópteros pesados.

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Humberto Leite

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