Uma comitiva de três oficiais do Exército Brasileiro esteve no mês de junho na cidade de Ancara, na Turquia, a fim de participar da avaliação e testes de Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (SARP), conforme a Portaria Nº 314/2024, do Comando do Exército. A informação obtida pela Revista ASAS é a de que o interesse é nos drones Bayraktar TB2, que têm feito sucesso em conflitos por forças da Ucrânia, além de terem participado de ações bélicas com as cores da Líbia e do Azerbaidjão.
Com velocidade máxima de 220 km/h e autonomia de 27 horas, o Bayraktar TB2 pode levar uma carga útil de até 150 kg, incluindo câmeras ou armamentos como bombas guiadas, mísseis e foguetes. Tem 12 metros de uma ponta da asa à outra e um motor simples, de 100 hp, movido a gasolina. Seu peso máximo de decolagem é de 700 kg.
O modelo é um grande sucesso comercial. Além dos países já citados, Catar, Etiópia, Quirguistão, Somália, Turcomenistão e Marrocos já operavam o TB2 até o início de 2022. Depois, com a exposição alcançada pelo êxito da Ucrânia, outros 19 países encomendaram drones do tipo, incluindo Romênia, Polônia e Emirados Árabes Unidos.
Há outras opções de drones turcos. Bayraktar denomina uma família de drones produzidos pela empresa Baykar. Também é o sobrenome dos irmãos Haluk Bayraktar e Selçuk Bayraktar, engenheiros e empresários que se tornaram respeitados em seu país pelo desenvolvimento de tecnologias, apesar da relativamente pouca idade, 45 e 44 anos. Selçuk, aliás, até virou genro do presidente Recep Tayyip Erdoğan.
A Baykar aproveita para ganhar mercado com outros modelos. Estão em curso os testes do Kizilelma, um modelo de combate com características stealth. Há a expectativa de uma carga bélica de até 1,5 tonelada e, dependendo das condições, voo a Mach 1. Também é prevista uma versão naval, com decolagem com uma rampa do tipo “ski jump”, sendo uma alternativa para países sem condições de manter um porta-aviões.
Outro modelo já em venda é o Akıncı, com 20 metros de envergadura, autonomia de 24 horas, velocidade de cruzeiro de 150 nós e peso máximo de decolagem de 5,5 toneladas. O Akıncı pode levar sensores óticos, pods de guerra eletrônica, um radar do tipo AESA e antenas para controle por satélite.
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Estamos um pouco atrasados para desenvolver a doutrina, até pode valer a pena, mas a guerra Rússia-Ucrânia já provou que contra sistemas anti aéreos bem estabelecidos o Bayraktar fica quase inoperante (todos os Bayraktar da Ucrânia foram abatidos). E os americanos estão abrindo mão dos raptor’s mais antigos por este motivo.