Pistas de pouso localizadas na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima, foram interditadas, no início de novembro, por militares das Forças Armadas do Brasil. A suspeita é a de que esses locais são utilizados por aeronaves pequenas, como aviões e helicópteros, para realizar transporte rápido de recursos necessários à mineração ilegal.
Participaram militares do Exército Brasileiro (EB) e da Força Aérea Brasileira (FAB), desde as fases de identificação dos campos de pouso clandestinos até a efetiva inutilização das instalações. Foram empregados dois aviões C-98 Caravan e um helicóptero H-60L, todos da FAB, e um helicóptero HM-1 Pantera, do EB. Foi realizado reconhecimento aéreo dos pontos de interesse, inclusive no período noturno, com uso de óculos para ambientes de baixa visibilidade. Uma tropa do Exército, da área de engenharia, ficou responsável pela ação em solo.
Durante as ações, militares do Exército Brasileiro detiveram três homens e uma mulher suspeitos de atuarem em garimpo ilegal. Os suspeitos, três brasileiros e um venezuelano, foram transportados por via aérea até a Base Aérea de Boa Vista, de onde foram conduzidos pela Força Nacional de Segurança Pública até a sede da Polícia Federal, onde foram entregues para os procedimentos legais. Com um dos suspeitos, foram apreendidos 10 gramas de minério e uma balança de precisão. No acampamento, foram encontrados equipamentos utilizados na área do garimpo.
Impacto na proteção da floresta
Desde abril de 2024, as Forças Armadas participaram de ações que geraram um impacto econômico superior a R$ 556 milhões às estruturas criminosas de mineração ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY). Esse número foi atualizado no dia 10 de novembro pelo Governo do Estado de Roraima. As operações interagências já resultaram em 8.064 ações realizadas, 44.118 abordagens e 281 prisões.
Até novembro de 2025, registrou-se a inutilização de 1.821 motores utilizados no garimpo ilegal, 710 acampamentos clandestinos, 65 pistas de pouso ilegais e 42 aeronaves. Além disso, as ações resultaram na apreensão de 198kg de ouro, de 229kg de mercúrio, de 214 mil litros de óleo Diesel e de 184.000 kg de cassiterita, mineral com diversas aplicações industriais.
LEIA TAMBÉM:
Brasil reforça tecnologia para segurança do espaço aéreo na Amazônia
Forças Armadas explodem pista de pouso clandestina na Amazônia
R-99 localiza “submarino” de narcotraficantes na Amazônia
FAB e Exército destroem pista clandestina na Amazônia
Aeronaves das Forças Armadas vão combater incêndios na Amazônia
VEJA TAMBÉM:
Comentar