A Força Aérea Brasileira quer uma nova versão do jato KC-390 Millenium, fabricado pela Embraer. A ideia é ampliar as capacidades de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR), com foco em missões de patrulha marítima. Nesta segunda-feira, 3 de dezembro, a FAB assinou com a fabricante nacional um acordo para aprofundar os estudos colaborativos na área. O anúncio ocorreu no primeiro dia da Mostra BID, Feira Nacional de Defesa e Segurança, em Brasília (DF).
“Os estudos para adaptação da plataforma C-390 Millennium às missões de IVR têm evoluído de forma estruturada, analisando a aderência e flexibilidade da aeronave às necessidades atuais e futuras da Força Aérea Brasileira, principalmente em relação ao Patrulhamento Marítimo”, aponta o Tenente Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, Comandante da Aeronáutica. No início de sua carreira, o militar foi piloto de P-95 Bandeira Patrulha, também fabricado pela Embraer.
A assinatura do acordo representa um salto qualitativo na relação da Força Aérea com a Embraer, após o atrito causado durante o processo de redução da encomenda dos KC-390, em 2021, após restrições da gestão federal anterior. O número de aeronaves a serem recebidas caiu de 28 para 19. Agora, a expectativa é a de que novas encomendas sejam feitas e que a futura versão também seja oferecida para eventuais clientes de exportação.
“Este é mais um passo importante no relacionamento de longo prazo construído com a FAB”, disse Bosco da Costa Junior, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança. “Temos a honra de avançar com a FAB nos estudos de expansão das capacidades operacionais do C-390 Millennium. Esse acordo reforça nosso compromisso de sempre oferecer aos nossos clientes uma aeronave capaz de realizar as missões mais desafiadoras com eficiência inigualável”, completou.
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Uma boa noticia com certeza mas oo invez do C-390 nao seria mais eficiente utilizar um E2 ? Como no caso dos Boeing P-8 Poseidon.
Na minha opinião o E-190 E2 seria a plataforma mais ideal para as missões de vigilância e patrulha marítima que o KC-390. Digo isso porque o E-190/190 E2 dispõem de uma cadeia global de peças de reposição e simuladores, e também visando a substituição dos P-3 Orion da FAB e de muitos países que operam. Como fizeram ao desenvolver o KC-390 para substituir a frota mundial dos C-130, uma versão AEW&C do KC -390 seria mais ideal e com certeza atrairia o interesse de futuros operadores e da Índia que iria operar duas versões do KC-390 usando a mesma cadeia de suprimentos de peças e treinamento caso o KC-390 vença a concorrência Indiana.