ARTE, CULTURA & LAZER

Brasil se despede de um ícone do jornalismo de defesa

O Brasil se despediu nesta sexta-feira (29 de março) de um ícone do jornalismo de defesa. Roberto Godoy, considerado por muitos como um dos maiores repórteres na área, faleceu aos 75 anos, de parada cardíaca, após uma intensa luta contra o câncer. A Revista ASAS lamenta a partida do profissional destacado, que ajudou a levar o tema defesa à agenda pública brasileira.

Exemplo de competência, bom humor e busca incessante pela informação, Roberto Godoy se notabilizou por levar a temática de defesa para a grande imprensa, com publicações para O Estado de São Paulo, Correio Popular e Isto É, dentre outros. Trabalhou até a última quinta-feira, com comentário na rádio Eldorado.

Godoy representou um pilar do jornalismo de defesa do Brasil ao realizar apurações e coberturas com foco no interesse público, e não em mero alinhamento comercial com grandes corporações da área. Dessa forma, criou uma forte credibilidade na área a partir do fim da década de 70. Apesar de ter declarado não ter como “hobby” a temática, sempre ressaltou ser uma área fascinante, se destacando por cobrir aspectos como fatores políticos e econômicos.

As reportagens destacadas sobre os desenvolvimentos da Embraer e de outras empresas da Base Industrial de Defesa fizeram história. Dessa forma, Godoy alcançou um feito exemplar na área do jornalismo de defesa: ser admirado tanto no mundo da comunicação quanto das Forças Armadas. Isto ficou patente nas declarações dadas após seu falecimento.

“Sua importância ao tratar de nossa agenda militar nos fez, ainda mais, reconhecidos. Assim, seu papel foi fundamental nesta vertente do jornalismo, onde cada notícia veiculada era fundamental para esclarecer o real papel de nossas Forças”, disse o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, nesta sexta-feira, 29, ao jornal O Estado de São Paulo. “Perdemos um grande profissional e um correto cidadão. Perdi uma referência de nossa imprensa especializada.”

O comandante do Exército, general Tomás Paiva, lamentou a morte do jornalista. “Destacado conhecedor de temas militares, contribuiu sobremaneira para a divulgação do trabalho do Exército Brasileiro, assim como com a Defesa de nosso País, em debates, matérias e coberturas”, afirmou à mesma publicação.

Em nota de pesar, a Marinha do Brasil reconheceu a “singular trajetória” de Godoy. “O Brasil sofreu, hoje, a irreparável perda do jornalista Roberto Godoy, profissional de reconhecida competência”, diz o texto. “Divulgou com seriedade e isenção temas relacionados à área militar, cumprindo o relevante papel de esclarecer a sociedade brasileira sobre a importância de assuntos afetos à defesa do País.”

“Além de tremendamente competente, era uma pessoa doce e generosa. Grande perda”, lamentou a jornalista Flávia Tavares, ao G1. O mesmo sentimento relatou o jornalista Eduardo Gayer: “O jornalismo perde muito sem Roberto Godoy. Um mestre da profissão, uma enciclopédia da História”, publicou o portal da empresa concorrente.

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