A poucos dias das comemorações dos 80 anos do Dia D, um acidente fatal com um caça Spitfire comoveu os britânicos. A aeronave histórica, do Battle of Britain Memorial Flight (BBMF), caiu na área de uma residência durante um treinamento na tarde do último sábado, a partir de sua base, em Coningsby. O piloto, squadron leader Mark Long, que também fazia parte de um esquadrão equipado com caças Eurofighter Typhoon, não sobreviveu. Não houve feridos no solo.
O acidente comoveu o Reino Unido, onde as homenagens da Segunda Guerra Mundial são de forte apelo popular. O primeiro na linha sucessória ao trono, William, e sua esposa, Kate Middleton, utilizaram as redes sociais para lamentar o ocorrido. Ele foi comandante honorário da base aérea de Coningsby e, no ano passado, passou a honraria à princesa. O primeiro-ministro Rishi Sunak e líderes políticos tanto da situação quanto da oposição lamentaram o ocorrido. Populares deixaram flores diante da base aérea.
Com matrícula MK356, a aeronave foi fabricada em 1944 e era mantida em condições de voo pelo Battle of Britain Memorial Flight, uma iniciativa da Royal Air Force de valorização histórica. A unidade conta ainda com outros seis Spitfire, dois Hurricanes, um C-47 e um bombardeiro Avro Lancaster, todos utilizados em demonstrações em shows aéreos, eventos históricos e comemorações da família real.
Foto: Royal Air Force
O Spitfire é uma das aeronaves mais icônicas do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial, tendo participado desde a defesa contra os raids nazistas sobre a Grã-Bretanha no início do conflito até a ofensiva final dos aliados na Europa. Mais de 20 mil unidades foram produzidas entre 1938 e 1948, sempre em versões cada vez mais capazes.
O modelo é homenageado em diversos produtos culturais, desde os shows da banda Iron Maiden até o filme Dunkirk.
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