Caças JAS-39 Gripen da Kong Thap Akat Thai, a Real Força Aeréa da Tailândia, devem ser utilizados a partir de amanhã (14 de agosto) em um exercício contra a força aérea da China. O treinamento vai durar dez dias e representa o posicionamento político do governo tailandês, que era aliado dos Estados Unidos até 2014, quando houve um golpe de estado.
Chamado de Falcon Strike 2022, o treinamento representará a chance de a China treinar seus jatos contra aeronaves de outros países. No caso da Tailândia, que possui caças F-16 e JAS-39 Gripen, também há a influência da doutrina dos países ocidentais. É, ainda, para os chineses, a possibilidade de testar o próprio desempenho em condições climáticas tropicais.
A China deve enviar caças multifuncionais J-10, aviões de ataque JH-7 e pelo menos um avião-radar KJ-500. Já a Tailândia deve participar com os caças Gripen, jatos leves Alphajet e um avião radar Saab 340. Não está prevista a utilização dos F-16.
Há, por fim, uma simbologia histórica. O treinamento Falcon Strike 2022 acontecerá a partir da base de Udon Thani, no norte da Tailândia. O local foi amplamente utilizado pelos norte-americanos durante a Guerra do Vietnan e abrigado uma base secreta da CIA até, pelo menos, 2011. A parceria com a China para treinamentos dissimilares foi iniciada ali em 2015.
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