Após quase 14 anos de operações tripuladas, a estação espacial chinesa Tiangong receberá, pela primeira vez, astronautas de outros países. A primeira parceria foi firmada com o Paquistão, em acordo entre os dois países para treinar um “grupo” de paquistaneses, dos quais um será futuramente enviado à estação.
A Tiangong começou a ser montada em 2021 e tem previsão de receber mais um módulo em 2026. A capacidade atual é de seis ocupantes, porém normalmente o número a bordo é inferior. Com o acordo com o Paquistão, a expectativa é iniciar um maior intercâmbio com outros países, ainda que a previsão seja de que todas as idas continuem a ser feita exclusivamente por foguetes chineses.

Programa em aceleração
Até o momento, 22 astronautas chineses, chamados internacionalmente de taikonautas, estiveram na estação Tiangong. Destaque para Tang Hongbo, um piloto de caça que fez parte da primeira missão tripulada à estação, chamada de Shenzhou 12, em 2021, e retornou como comandante na missão Shenzhou 17, entre outubro de 2023 e abril de 2024. O militar acumula 279 e 10 horas no espaço, incluindo 22 horas e 3 minutos em três missões extraveiculares.
O grande nome entre os astronautas chineses, porém, é o Cai Xuzhe. Também piloto de caça, atualmente com 48 anos, ele fez parte da missão Shenzhou 14, passando 182 dias na estação em 2022, incluindo duas caminhadas fora da nave. Atualmente, ele é o comandante da missão Shenzhou 19, lançada em 29 de outubro de 2024 e com previsão para passar pelo menos mais dois meses no espaço.

Cai Xuzhe completou mais duas caminhadas espaciais, incluindo o recorde de duração de nove horas e seis minutos em atividade extraveicular contínua, superando o recorde de EJames Voss e Susan Helms, que em 2001 haviam ficado fora do ônibus espacial norte-americano Discovery por 8h56. Cai Xuzhe soma agora 27h09 em tarefas do tipo, ainda bem abaixo de recordistas de tempo total em múltiplas missões, caso do russo Anatoly Solovyev, que soma 82h22 em 16 atividades extraveiculares.
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