AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Combustível de aviação tem alta de 91,7% e pode frear retomada do setor aéreo

Foto: Tony Winston / Agência Brasília

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) fez um alerta público sobre a escalada do preço do querosene de aviação (QAV). Segundo a entidade, a alta de 91,7% no segundo trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, pode afetar a retomada do setor após a redução do número de voos por conta da pandemia de Covid-19.

A Associação classifica o preço do queresone como o “item de maior ineficiência econômica” para as companhias aéreas. O mais recente levantamento da ABEAR sobre o QAV revela que, no primeiro semestre de 2021, o preço médio do combustível na bomba, no Brasil, foi 24,6% superior do que nos Estados Unidos. Segundo a entidade, contribuiu para essa distorção o fato de que o Brasil é o único país do mundo que tem um tributo regional sobre o QAV, o ICMS.

As companhias estrangeiras, por sua vez, não pagam esse imposto para abastecer em território nacional. “É por isso que uma viagem internacional muitas vezes é mais barata do que um voo doméstico, considerando-se distâncias similares”, afirma o presidente da ABEAR, Eduardo Sanovicz. A entidade afirmou ainda em seu comunicado que seu objetivo é promover o alinhamento das regras brasileiras às melhores práticas internacionais, para que haja condições de igualdade na competição global que ampliem a eficiência das empresas aéreas brasileiras.

“Também preocupam os sucessivos recordes de cotação do dólar em relação ao real neste ano, fatores que podem ameaçar uma retomada mais consistente da aviação comercial brasileira e vêm pressionando os preços das passagens aéreas”, informou. Cerca de 51% dos custos do setor são indexados à moeda norte-americana.

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