AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

F-35 poderão lançar armas nucleares enquanto usam combustível sustentável

Caça F-35A em testes com duas bombas B61-12 sem ogivas. Foto: Lockheed Martin

No intervalo de um ano, os caças F-35 Lightning II, desenvolvidos nos Estados Unidos e já vendidos para 19 países aliados, ganharam duas capacidades que retratam as contradições da geopolítica: as aeronaves poderão lançar armamentos nucleares e poderão voar com combustível sustentável, criados para gerar menos danos ao meio ambiente. Ambas as capacidades atentem tanto às demandas por menores emissões de carbono na atmosfera quanto à política de ter a capacidade de emprego de armas de destruição em massa.

No caso do combustível sustentável, chamado em inglês pelas siglas SAF (Sustainable Aviation Fuel) ou SATF (synthetic aviation turbine fuels), o anúncio ocorreu em 16 de janeiro. A fabricante do jato, a empresa norte-americana Lockheed Martin, divulgou que os F-35 podem voar com até 50% de mistura de combustível entre produtos de origem sustentável e os convencionais. A novidade valeria para todos os mais de 1.100 caças F-35 já em serviço.

Quanto às armas de destruição em massa, a certificação foi oficialmente anunciada em março do ano passado, porém teria sido alcançada em outubro do ano anterior, após mais de dez anos de desenvolvimento da capacidade. Com isso, o F-35 passou a ser uma das opções das membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para atuar em eventuais ataques com armas nucleares, no caso, especificamente a bomba B61-12, sendo ainda limitada ao modelo F-35A, de de decolagem e pouso convencional, e não os F-35B e F-35C, para operações navais.

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Humberto Leite

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