AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

FAB leva unidades de inovação tecnológica para Bases Aéreas de Salvador e Fortaleza

Comandante da Aeronáutica e autoridades durante lançamento do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia. Foto: FAB

Sem unidades aéreas sediadas desde 2013 e 2018, respectivamente, as Bases Aéreas de Fortaleza e de Salvador vão se tornar espaços de incremento tecnológico. Na capital cearense, a Força Aérea Brasileira (FAB) lança hoje, 19 de janeiro, a pedra fundamental do novo campus do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). Já em Salvador, foi formalizada ontem (18 de janeiro) a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia.

O novo campus do ITA será a primeira instalação do instituto de ensino fora do estado de São Paulo. A expectativa é a de que a sede cearense tenha a sua primeira turma em 2027. Apesar de a Base Aérea de Fortaleza já ter uma ampla infraestrutura, mais de R$ 50 milhões serão utilizados para adequação. O campus original do ITA continuará a receber turmas.

Base Aérea de Fortaleza se destaca pela arquitetura dos anos 30. Foto: FAB

Já em Salvador, o Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia terá como foco promover o desenvolvimento nacional da indústria aeroespacial. O órgão funcionará em parceria com o Governo do Estado da Bahia e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec). Serão utilizadas instalações da Base Aérea e a previsão é de que no primeiro semestre de 2025 já seja possível ter operações no local.

“Sorbonne da Caça”

Criada ainda nos anos 30 pelo Exército, a Base Aérea de Fortaleza (BAFZ) foi estratégica durante a Segunda Guerra Mundial, tendo sido casa dos bombardeiros B-25B Mitchell para missões de patrulha marítima já a partir de 1942. Foi uma dessas aeronaves que registrou o batismo de fogo da FAB, em 22 de maio daquele ano.

A BAFZ foi uma das mais importantes sedes da Aviação de Caça da FAB. Foto: FAB

Em 1956, a base deixou de abrigar bombardeiros e recebeu seus primeiros caças, os Republic P-47 Thunderbolt. Ali se iniciava a trajetória do Esquadrão Pacau como unidade de formação de líderes da aviação de caça, uma tarefa que deu a Fortaleza a alcunha de “Sorbonne da Caça”. A BAFZ foi a única a receber os Lockheed F-80C Shooting Star, sendo depois complementados pelos TF-33. Em 1973, foram recebidos os AT-26 Xavante.

Em 2002, o Esquadrão Pacau foi transferido para a Base Aérea de Natal, e o Esquadrão Rumba foi enviado para Fortaleza. Com bimotores C-95 Bandeirante, a unidade é, até hoje, responsável por formar os futuros aviadores de transporte, patrulha marítima e reconhecimento. Porém, este esquadrão também foi transferido para Natal, em dezembro de 2013, deixando a BAFZ sem unidades aéreas, uma situação explicada pela ampla estrutura disponível na capital potiguar e pelo crescente tráfego aéreo em Fortaleza.

Prédio do Comando da Base Aérea de Salvador, construída na década de 40. Foto: Alexandro Dias

Antiga casa da Patrulha

A história da Base Aérea de Salvador (BASV) remonta à Segunda Guerra Mundial, tendo sido criada em 5 de novembro de 1942, no início da história da FAB. A ideia era reforçar as tarefas de defesa do litoral, uma missão que se tornou a razão de ser da unidade por décadas.

A BASV foi casa dos B-25 Mitchell, Lockheed P-15 Neptune, Embraer P-95 Bandeirante Patrulha e, por fim, dos Lockheed P-3AM Orion, recebidos a partir de 2011. Porém, em janeiro de 2018, o Esquadrão Orungan foi transferido para a Base Aérea de Santa Cruz (BASC), no Rio de Janeiro (RJ).

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