A produção de caças Rafale será ampliada. A fabricante francesa Dassault anunciou que a capacidade produtiva será ampliada de duas para três aeronaves a cada mês. A novidade vai permitir atender tanto às demandas do próprio governo francês quanto das exportações, que acabaram sendo acima do esperado e também significaram reduzir os lotes da própria força aérea francesa.
Há dúvidas, porém, sobre a efetiva capacidade da Dassault de reforçar a linha produtiva. Isso porque há dificuldades com a linha de fornecedores. Em 2023, por exemplo, foram produzidos 13 Rafale, abaixo da expectativa de produção de 15 unidades. Neste momento, há 228 aeronaves encomendadas esperando por entrega.
Desde o início dos anos 2000, o governo francês já fez encomendas de 234 unidades, entre as destinadas à força aérea e à marinha do país. Além disso, Egito, Índia, Emirados Árabes Unidos e Indonésia já compraram outras 261 aeronaves.
Há pressão dentro da própria França para o aumento do ritmo de produção. O sucesso comercial do Rafale tem dificultado a capacidade do país de obter tantos caças desse modelo quanto deseja. Isso porque, além de competir na linha de montagem com outros clientes, foram assinadas a transferência de 12 jatos para a Grécia e outros 12 para a Croácia.
A França encerrou 2023 com 41 jatos Rafale M na Marine Nationale e outros 96 na Armée de l’air et de l’espace, nome oficial da força aérea do país. O planejamento é chegar a 2030 com 225 caças Rafale, o que permitirá também a aposentadoria de 99 Mirage 2000 em serviço.
Para isso, mais 42 Rafale foram adquiridos em dezembro. A vantagem é que o repasse de aeronaves para Croácia e Grécia significa a possibilidade de trocar unidades da versão F3 por caças novos da versão F4, mais moderna. A expectativa é de o Ministério da Defesa da França começar a receber esse novo lote a partir de 2027.
