A crise econômica provocada pela Covid-19 é global e na França o governo salvar sua indústria aeroespacial: vai fazer compras, injetar dinheiro no setor e ao mesmo tempo modernizar as forças armadas. O investimento total deve chegar a 15 bilhões de Euros, com a meta ajudar 1.300 empresas nacionais e salvar 300 mil empergos.
Um total de 7 bilhões de Euros deve se tornar ajuda para a Air France, e indiretamente a Airbus com encomendas imediatas. Cerca de 1,5 bilhões de Euros irão para a pesquisa e desenvolvimento de futuras aeronaves sustentáveis, com baixas emissões de carbono, para substituírem a família Airbus A320.
Compras militares
A Armée de l’Air, a força aérea, vai ter o seu pedido de aquisição de mais três A330MRTT adiantado. Trata-se de aeronaves Airbus A330 configuradas para missões de transporte e reabastecimento em voo, destinadas a superar os antigos A310 e A340. Segundo o governo, a compra vai garantir mais de 100 empregos durante dois anos. O MRTT também teve impacto positivo junto à opinião pública francesa por conta das missões realizadas no combate à pandemia.
As empresas Sabena Technic e Thales vão se beneficiar com a venda de mais um avião de inteligência. Será um avião norte-americano Beechcraft 350 Super King Air, porém com vários sistemas óticos, eletromagnéticos e de radar a serem instalados pelas empresas francesas. O impacto estimado é equivalente a 150 empregos garantidos por dois anos.
Já a Airbus Helicopters também terá sua ajuda. Oito H225M, semelhantes aos H-36 Caracal da Força Aérea Brasileira, vão reforçar a força aérea. A Securité Civilé vai receber um par de H145 e a Gendarmerie Nationale será contemplada com dez H160. Isso salvará cerca de 1.500 empregos por três anos.