AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Há 25 anos, Allied Force mostrou forças e fraquezas da OTAN

F-18 do Ejército del Aire, da Espanha, durante a operação Allied Force. Foto: Greg L. Davis

Há exatos 25 anos, em 24 de março de 1999, os países da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Ao longo de 78 dias, a então Iugoslávia foi alvo de uma campanha aérea que somou 38.004 missões de combate, sendo 10.484 apenas de ataque a alvos de superfície. A supremacia aérea conquistada, com seis MiG-29 Fulcrum abatidos, e o uso de tecnologias avançadas, como os bombardeiros B-2 Spirit, não deixaram de dar a Operação Allied Force a marca de ter sido a ocasião em que um velho sistema de defesa antiaéreo conseguiu abater um até então considerado invencível F-117 Nighthawk.

Na prática, os Estados Unidos, responsáveis por mais da metade dos voos realizados, e seus aliados repetiram nos Balcãs boa parte das estratégias adotadas contra o Iraque, no início da década de 90, e na própria Iugoslávia, em 1995, na operação Deny Flight. As missões em pacote foram imensas, cabendo aos F-18 Hornet da força aérea da Espanha os primeiros ataques às forças do então presidente Slobodan Milošević, acusado de realizar limpeza étnica na região.

F-15E Strike Eagle da USAF decola da base aérea de Aviano, na Itália, durante a operação Allied Force. Foto: Mitch Fuqua

Bases na Alemanha e na Itália receberam caças F-16 da Bélgica, Dinamarca, Noruega, Países Baixos (Holanda), Portugal e Turquia, além dos F-18 da Espanha e Canadá. A França contou com os Mirage 2000 e Super Etendard e a Itália operou com caças Tornado, F-104 e AV-8B Harrier II, além dos AMX. Os britânicos voaram com os Harrier e Tornado. Já os EUA empregaram seus F-15, F-16, F-117, F-14, F-18, EA-6B, B-52, B-1 e B-2, estes últimos operando em missões transatlânticas.

O Mar Adriático recebeu os porta-aviões Foch (França), Giuseppe Garibaldi (Itália), Theodore Roosevelt (EUA) e Foch (França), este último vendido pouco mais de um ano depois ao Brasil, onde foi designado como A12 São Paulo. As forças aeronavais foram estratégicas para as missões de Combat SAR, isto é, de recuperação de pilotos abatidos em zonas hostis. Além do já citado F-117, os Estados Unidos também perderam um F-16 e um A-10. 

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