Há 40 anos, em março de 1982, a Armée de l’Air recebeu seus quatro primeiros Embraer EMB 121 Xingu. O pacote total de 41 aeronaves, incluindo nove para a Aéronavale, foi negociado como uma contrapartida à aquisição dos Mirage III e do sistema de controle de espaço aéreo pela Força Aérea Brasileira. Isso tornou a França o maior operador militar do modelo.
Enquanto no Brasil a história do Xingu, designado VU-9, se limitou a um papel secundário de transporte de autoridades preferencialmente para localidades inadequadas para jatos como o Learjet, na França o serviço foi mais operacional. E ainda é.
![](https://www.edrotacultural.com.br/wp-content/uploads/2022/03/Xingu-EMB-121_marine.jpg)
Os EMB-121 assumiram, na França, o papel de treinadores para a aviação multimotor. E chegaram causando abalos. Há 40 anos, ao substiutir os Dassault MD315 Flamant na Armée de l’Air, era mais moderno que modelos ainda em uso, como os DC-8, Noratlas, Caravelle, N.262 Frégate e Transall. Na Aéronavale, além desse tipo de formação operacional, os Xingu também foram usados para voos de esclarecimento marítimo.
Enquanto na FAB só operou somente seis unidades e a aposentadoria final ocorreu em 2010, o Xingu continua em uso na França. Com novidades no painel, graças a uma modernização que em 2009 introduziu novos painéis multifuncionais, tanto a força aérea quanto a marinha da França ainda utilizam o EMB-121.
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Dizem que essa aeronave é a querinha da força aérea da França.