O Pentágono anunciou nesta quinta-feira, 12 de março, que a Lockheed Martin está autorizada a produzir jatos F-35 Lightning II em capacidade máxima, hoje esperada em 156 por ano. Na prática, isso será permitido por meio da assinatura de contratos múltiplos para permitir um planejamento de longo prazo.
Esta autorização estava pendente por conta de problemas de desenvolvimento da aeronave, agora, aparentemente superados. As aeronaves do Block 4, por exemplo, estão retidas nas linhas de produção por conta de testes pendentes do pacote Tech Refresh 3, de atualização do software e hardware. Isso pode reduzir as entregas previstas em 2024 de 156 para menos de 110.
Até agora, mais de 980 F-35 já foram entregues a diversos operadores. A primeira força a começar a voar o F-35 foi o United States Marine Corps, em 31 de julho de 2015. O primeiro voo ocorreu em 15 de dezembro de 2006, há mais de 17 anos.
Preocupação com atrasos
Mesmo com o aumento de produção para 156 aeronaves por ano, esse ritmo preocupa os clientes, pois já há cerca de 1.500 aeronaves já contratadas para a entrega. Este número poderá superar 2.500 com os Estados Unidos acelerando seus contratos – a expectativa é dotar a United States Air Force com 1.764 F-35A, a US Navy com 273 F-35C e o US Marine Corps com 353 F-35B e 80 F-35C.
Alemanha, Canadá, Finlândia, República Tcheca, Singapura, Suíça e Polônia ainda aguardam o recebimento das suas primeiras unidades, enquanto as entregas seguem incompletas para outros países. É o caso da Dinamarca: o país recebeu quatro das suas 27 unidades encomendadas e comunicou publicamente a possibilidade de “avaliar opções”, sob a perspectivas de atrasos.
Na prática, a doação de caças F-16 para a Ucrânia poderá ser afetada, mantendo-se esses caças de geração anterior como principais vetores enquanto há a espera por novos jatos.
