Após receber em março a oferta de venda do Ministério da Defesa do Reino Unido, o navio porta helicópteros de assalto anfíbio HMS Ocean, então nau capitânia da Royal Navy, a Marinha britânica, foi comprado pela Marinha do Brasil (MB).
Detalhes da negociação ainda são desconhecidos, contudo, sabe-se que pagaremos 84 milhões de libras esterlinas, uma “pechincha” por uma embarcação que recebeu uma atualização geral em 2014, incluindo revisão geral em seu sistema de propulsão. Para comparação, o valor de 80 milhões de libras esterlinas é aproximadamente o valor de uma corveta.
O navio tem mais de 200 metros de comprimento, desloca 21.500 toneladas e tem autonomia de mais de 13 mil quilômetros e velocidade máxima de 18 nós. A tripulação completa, incluindo marinheiros e pilotos, é de cerca de 500 pessoas, contudo, pode transportar mais de 800 fuzileiros navais completamente equipados.
Sua dotação máxima é de 18 helicópteros, sendo comum a operação de 12 aparelhos simultaneamente para evitar congestionamentos nos hangares e elevadores e maior segurança.
O desembarque das tropas pode ocorrer tanto por lanchas de desembarque laterais quanto por helicópteros de transporte.
Seu armamento consiste de três Phalanx CIWS na defesa de ponto, quatro canhões de 30 milímetros e inúmeras metralhadoras.
Os sensores da embarcação são os mais modernos da Royal Navy onde se destaca o radar 3D Artisan Type 997 que rastreia até 900 alvos simultaneamente, com alcance de 200km.
Os detalhes da negociação ainda são desconhecidos, principalmente no que se refere aos armamentos e radares da embarcação pois existe a possibilidade de que não sejam inclusos no pacote, já que dependem de liberação tanto da OTAN – no caso do radar e sensores – quanto dos EUA – no caso do sistema de defesa de ponto Phalanx CIWS. Sabemos que a Marinha Brasileira também negocia uma revisão geral na embarcação que pode durar até outubro ou novembro de 2018 como envio de cerca de 200 marinheiros brasileiros à Inglaterra para treinamento junto à Royal Navy e acompanhamento dos trabalhos.
Infelizmente, não. O convés precisa suportar o peso e o calor produzido por essas aeronaves.