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Monumentos de caças Hawker Hunter geram polêmica no Chile

Hawker Hunter exposto na Base Aérea de Cerro Moreno, em Antofagasta. Foto: Humberto Leite

A Fuerza Aérea de Chile (FACh) iniciou no fim de semana passado a retirada de caças Hawker Hunter que estavam posicionados como monumentos em suas bases aéreas. A medida gerou polêmica por conta de possível motivação política: os jatos foram utilizados durante o golpe militar, que em 11 de setembro completará 50 anos.

De acordo com o jornal La Tercera, a FACh informou se tratar de uma mera reorganização das aeronaves em exposição estática. Porém, há questionamentos se haveria orientação do governo, atualmente de esquerda. No Chile é possível, por exemplo, encontrar placas que identificam unidades militares como locais onde ocorreu tortura durante o governo de Pinochet.

Apesar da atuação decisiva no golpe de 11 de setembro de 1973, os jatos Hawker Hunter têm um papel de destaque na história da aviação chilena. Adquiridos em 1966, foram, entre 1967 e 1995, os principais vetores de combate aéreo do país, tendo sido substituídos pelos Mirage V Elkan. A importância do Hunter para a FACh foi tão grande que ganharam o apelido de “cazadores”, sendo sinônimo de avião de caça.

Um dos Hawker Hunter chilenos, da versão T72 e utilizado em serviço entre 1971 e 1995, foi adquirido pela Embraer em 2001 para ser usado como “aeronave paquera”, tendo operado no Brasil com a matrícula civil PP-XHH. A empresa se desfez do seu Hunter em 2018.

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