OTAN inicia operações para monitorar espaço aéreo sobre a Ucrânia

A partir de hoje (17 de janeiro), a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) conseguirá monitorar o espaço aéreo sobre a Ucrânia. É que começou oficialmente o desdobramento de aviões-radar E-3 AWACS (Airborne Warning and Control System) na base aérea de Otopeni, próximo a Bucareste, na Romênia.

A partir dali, essas aeronaves vão poder detectar voos sobre praticamente todo o território ucraniano, graças ao seu radar com até 400 km de alcance. Há a expectativa de que o conflito entre Rússia e Ucrânia se torne mais intenso nos próximos meses, com o término do inverno.

Desde fevereiro de 2022 aeronaves E-3 já faziam patrulhas a partir da Europa Oriental e do Mar do Báltico, porém agora a presença constante na Romênia permitirá um monitoramento mais próximo da área de operações. Também há sistemas de comunicação que permitirão coordenar eventuais ações da OTAN na área.

O Ministério da Defesa da Romênia informou que recebeu no local 180 militares e que as atividades serão realizadas dentro do seu território. Já a OTAN não especificou o número de aeronaves enviadas, mas utilizou o plural no seu comunicado, dando a entender que as atividades poderão ser contínuas.

Criados a partir dos jatos comerciais Boeing 707, os E-3 AWACS estão em serviço com os Estados Unidos e a França, porém, nesta missão serão utilizadas aeronaves da NATO Airborne Early Warning and Control Force. Trata-se de uma operação conjunta financiada por todos os países da aliança militar e com a participação de militares da Alemanha, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Hungria, Itália, Noruega, Países Baixos, Polônia, Portugal, República Tcheca, Romênia e Reino Unido.

Há catorze aeronaves na frota da OTAN. Eram 18, mas já estão em fase de aposentadoria após 40 anos de serviço, completados em 2022. Já há estudos para a substituição dos E-3 da aliança militar, sendo o E-7 o mais provável escolhido.