AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Pentágono de olho no H-6K chinês

H-6K dá à China a capacidade de realizar bombardeios estratégicos de longa distâncias

Xian H-6. É essa uma das maiores preocupações atuais do Pentágono. O bombardeiro chinês ocupa um capítulo inteiro no relatório anual enviado ao Congresso norte-americano.

Desenvolvido ainda na década de 50, o H-6 vem tendo versões cada vez mais modernas. A nova, “K”, teve as maiores desenvolvimentos, incluindo a capacidade de lançar mísseis de cruzeiro CJ-10A, com alcance de até 1.500 km.

Somado ao raio de combate estimado em 3.500 km do H-6K, o míssil tem a possibilidade de ser empregado contra alvos de alto valor a grandes distâncias, como porta-aviões da US Navy e grandes cidades da Ásia. Outras opções de armamentos envolvem um único H-6K levar até seis mísseis anti-navio YJ-12, com alcance de até 400 km e velocidade de Mach 4.

Em um cenário fictício para ataque a uma força naval inimiga, por exemplo, uma esquadrilha de 15 H-6K poderia realizar um ataque de saturação com mais de 90 mísseis supersônicos lançados ao mesmo tempo. De acordo com fontes ocidentais, há pelo menos 15 dessas aeronaves atualmente em operação, fora as de versões mais antigas.

O relatório do Pentágono aponta que o H-6K pode ser uma ameaça para a ilha de Guam.  “Nos últimos três anos o Exército Popular de Libertação expandiu rapidamente sua operação de bombardeiros, adquirindo experiência em regiões marítimas críticas e, provavelmente, treinamento para ataques contra alvos norte-americanos e aliados”, afirma o relatório.

O H-6K tem sido empregado pela China nas missões próximas ao Japão. Segundo o Pentágono, foram realizadas pelo menos 22 patrulhas de longo alcance entre setembro de 2013 e dezembro de 2017, a maioria sobre o Pacífico. Alguns incluíram aeronaves de reabastecimento em voo, caças e aviões AEW.

O Pentágono também demonstrou preocupação com o projeto que já vem sido chamado de H-20, um protótipo de um bombardeiro stealth em forma de asa, equivalente ao B-2. “O Exército Popular de Libertação continua a se modernizar e está acabando com o gap frente à Força Aérea dos Estados Unidos em várias áreas, gradualmente erodindo a vantagem técnica”, afirma o relatório.

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