O Ministério da Defesa do Reino Unido criou um grupo para estudar o desenvolvimento de uma arma hipersônica. O objetivo é estabelecer um plano de trabalho, com revisões de seis em seis meses, para ter um míssil do tipo até 2030, a um custo que deve superar um bilhão de libras esterlinas, mais de 6,47 bilhões de reais na cotação atual.
A ideia é a de que o futuro míssil voe a pelo Mach 5, sendo desenvolvido e produzido pela indústria do próprio Reino Unido. A arma também precisará ser capaz de superar os sistemas de defesa aérea já em serviço e os desenvolvimento.
O Reino Unido está preocupado em ficar para trás nessa nova capacidade estratégica global. Rússia, China e Estados Unidos já contam com programas avançados nessa área, sendo que os russos teriam, inclusive, utilizado a arma contra alvos na Ucrânia.
A disputa pela posse de armas hipersônicas lembra a busca por armamentos nucleares, na segunda metade do século XX. Após os Estados Unidos realizarem seu primeiro teste bem-sucedido, em 1945, foi seguido pela União Soviética (1949), Reino Unido (1952), França (1960), China (1964), Índia (1974) e Paquistão (1998). A Coreia do Norte, que atualmente afirma já testar seu próprio míssil hipersônico, conquistou a capacidade de ataque nuclear em 2006.
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