Sob olhar da Rússia, USAF testa C-130 para lançamento de mísseis de cruzeiro

Um MC-130H Comamando II da United States Air Force (USAF) foi utilizado no último dia 9 de novembro em um teste para lançamento de um míssil de cruzeiro Joint Air-to-Surface Standoff Missile-Extended Range (JASSM-ER). O que chamou a atenção foi a área escolhida: a costa da Noruega, próximo à Rússia.

Bem sucedido, o experimento foi realizado em parceria entre o U.S. Special Operations Command Europe e o Air Force Research Laboratory. A aeronave foi equipada com o Rapid Dragon Palletized Effects System, capaz de fazer o lançamento da arma de maneira semelhante à utilizada, por exemplo, para lançar carga.

O comunicado oficial deixou claro que, entre o planejamento inicial e o primeiro disparo, foram apenas dois anos de desenvolvimento. Agora, além do míssil com alcance de até 925 km, a ideia é lançar outros tipos de armas, equipamentos de inteligência e sistemas de reconhecimento.

Também há estudos para uso de mísseis de cruzeiro a partir dos C-17. Aeronaves desse tipo já foram utilizadas para lançar bombas de queda livre, geralmente de grande tonelagem. Porém, o lançamento de mísseis é diferente, pois as armas precisam ser lançadas de forma a conseguirem, segundos depois, entrarem no seu envelope de voo necessário para seguirem até o alvo.

O conceito em desenvolvimento é o de “Arsenal Plane”: uma aeronave pesada com vários mísseis cruzeiro a bordo capaz de lançá-los a grande distância dos seus alvos. Se, por um lado, o avião cargueiro não possui a velocidade ou os sistemas de guerra dos bombardeiros, por outro os mísseis devem ser melhor desenvolvidos, sendo semi-autônamos e a até voarem em esquadrilhas compostas por aeronaves de combate tripuladas e não tripulados.

A principal vantagem do conceito é que o número de mísseis a bordo pode ser elevado. Também não há uma degradação do desempenho do cargueiro quando comparado aos antigos testes de mísseis cruzeiro instalados sob as asas.