AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Suécia entra oficialmente na OTAN, encerrando décadas de neutralidade

Caças Gripen da Suécia durante exercício com caças F-16 dos Estados Unidos e Eurofighter Typhoon da Alemanha, além de um B-52 norte-americano. Foto: Erin Babis

A Suécia entrou hoje formalmente para a Organização do Tratado do Atlântico Norte, a OTAN, tornando-se o 32º país-membro. A adesão representa o fim de uma postura de neutralidade mantida ao longo de toda a Segunda Guerra Mundial e Guerra Fria, uma mudança provocada, sobretudo, pela invasão russa à Ucrânia, em 2022.

Na prática, caso venha a sofrer uma agressão externa, a Suécia poderá contar com o apoio de forças dos demais 31 países do bloco. Ao mesmo tempo, assume o compromisso de atuar em conjunto com os demais caso seja convocada. A Finlândia, que sofreu com fortes batalhas na Segunda Guerra, mas também havia preferido se manter fora da OTAN, ingressou no bloco no ano passado.

A adesão dos dois países representa um fortalecimento significativo para a OTAN. Enquanto a Suécia conta com uma das mais avançadas forças armadas do mundo, sendo reconhecida por doutrinas de emprego e pela frota moderna, incluindo caças Gripen e aviões-radar. Já a Suíça conta com aviões F-18C/D Hornet e já adquiriu novos F-35 Lightning II.

Há expectativas também a respeito dos futuros programas de caças da Suécia. Pela postura de neutralidade, a Saab criou uma família própria de aeronaves, como o J-32 Lansen, J-35 Draken, JA-37 Viggen e JAS-39 Gripen. Agora, como membro da OTAN, há a possibilidade de parcerias para desenvolvimento de caças de sexta geração.

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