Com a expectativa de chegada de 66 novos caças F-16V, versão mais moderna do jato norte-americano, além da modernização de 14 unidades mais antigas, Taiwan se prepara para utilizar sua frota de cerca de 130 caças de fabricação nacional F-CK-1C/D para outras missões. A principal delas será o ataque naval, tarefa para a qual devem contar com um novo míssil supersônico HF-3, possivelmente mais capaz que o AGM-84 Harpoon, hoje em uso pelos F-16, que passariam a ser vetores focados na superioridade aérea.
A expectativa é a de que o míssil HF-3 torne o F-CK-1C/D em um dos principais jatos de ataque naval do mundo. A arma tem 5,5 metros de comprimento, 36 centímetros de diâmetro e cerca de 900 kg. O destaque é o motor do tipo ramjet, com combustível líquido, que o permite atingir Mach 3.5. A navegação do HF-3 é por sistema inercial, havendo a ativação de um radar próprio na fase final, permitindo uma guiagem ativa.
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Os modelos de uso a partir da superfície chegam a até 400 km de alcance e, se por um lado são um pouco maiores e levam mais combustível, por outro, esse tipo de míssil pode ganhar mais alcance quando lançado de um avião, com velocidade inicial significativa e, eventualmente, níveis de voo mais elevado. O alcance deve ser superior ao do AGM-84 Harpoon, atualmente em uso, que chega a cerca de 150 km.
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A foto divulgada pelo governo de Taiwan, em que mostra um F-CK-1C com um HF-3 e um míssil ar-ar AIM-9 Sidewinder, mostra o que pode vir a ser a missão típica do caça desenvolvido nos anos 90, com ataque naval como função principal e mantida capacidade de autodefesa. A presença de embarcações da China é a maior ameaça à soberania de Taiwan.
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