AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA DOS ARQUIVOS DE ASAS

Último Grumman S-2 Tracker militar é aposentado, mas ainda pode ressurgir

S-2 Tracker da aviação naval argentina Foto: Joshua Boyer / US Navy

O S-2T Turbo Tracker da Aviación Naval Argentina deu baixa no último dia 16 de julho. A aeronave com matrícula 2-AS-24 era o único Grummam S-2 Tracker ainda em serviço militar no mundo. A cerimônia realizada na Base Aeronaval Comandante Espora marcaria assim o fim de uma história iniciada há quase 70 anos, quando ocorreu o primeiro voo do Grumman Tracker, em 4 de dezembro de 1952.

Ao todo, o Grumman Tracker teve um total de 1.284 células construídas, voando com as cores das forças armadas da Argentina, Austrália, Canadá, Estado Unidos, Itália, Holanda, Japão, Peru, Taiwan, Turquia, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, que aposentou o modelo em 1996. Com quatro tripulantes, radar, equipamento de inteligência de sinais, detector de anomalias magnéticas e sistema de sonoboias, o S-2 Tracker se notabilizou em missões de esclarecimento marítimo, combate a alvos na superfície, localização de submarinos e ataque a alvos submersos.


S-2 Tracker em serviço com a US Navy em 1967. Foto: US Navy

Renascimento

Porém, o Tracker ainda pode renascer no serviço militar. A 2ª Escuadra Aeronaval da Argentina espera voltar a contar com uma aeronave: trata-se do Grumman S-2T Turbo Tracker com matrícula 2-AS-23, que foi enviado para uma inspeção geral. Há a possibilidade de ainda em 2021 haver a volta da aeronave ao serviço militar.

Outro país arrisca o retorno do Tracker aos ares: é o Brasil. A Marinha prossegue com os planos para operar quatro aviões KC-2 Turbo Trader, versão para carga. O objetivo é que o futuro esquadrão VEC-1 realize missões de reabastecimento aéreo, transporte, busca e salvamento, lançamento de paraquedistas, evacuação médica e esclarecimento marítimo.

P-16 da Força Aérea Brasileira em operação no porta-aviões Minas Gerais
Foto: Musal

Apesar de não haver previsão de a Marinha do Brasil voltar a operar com um porta-aviões, é mantido o plano de ter o avião que tem como principal característica poder realizar pousos a bordo. Há a previsão de que o hangar em São Pedro da Aldeia seja concluído até 27 de dezembro de 2021.

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Contra incêndio

O uso de motores turboélices deu uma sobrevida ao projeto da Grumman. A própria Força Aérea Brasileira chegou a modificar um único avião com motores PT-6A-67CF. Entre operadores civis, a solução também vem permitindo uma carreira com foco em missões de combate a incêndios florestais, atividade realizada, por exemplo, pelo departamento de bombeiros da Califórnia e pela Securité Civile da França.

Nesta configuração, as aeronaves são designadas Firecat. Em geral, as principais mudanças incluem elevar o piso da cabine para ampliar o antigo compartimento de armas e permitir a instalação de um tanque de mais de três mil litros para líquido de combate a incêndio. A retirada de equipamentos de uso militar permite que as aeronaves tenham menos peso e voem com mais eficiência. A tripulação também é reduzida para apenas um ou dois ocupantes, e não mais quatro, como ocorre para missões de caráter militar.

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