Há casais que gostam de ver filmes juntos. Outros adoram treinar em dupla na academia. E há ainda aqueles que gostam de sair para restaurantes. Mas Jonh Avery e Jennifer Avery tinham um outro “programa de casal”: eles eram tripulantes de B-2, o mais caro e mais raro bombardeiro estratégico da Força Aérea dos Estados Unidos.
A história de Jennifer já seria boa de conhecer por si só. Ela foi a primeira mulher a entrar em combate com bombardeiros B-1 Lancer. A estreia foi na operação Allied Force, em 1999, atingindo alvos no Kosovo.
Em 2002, ela deixou os B-1 e se tornou a primeira aviadora de B-2 na história da USAF. Outras sete mulheres se tornaram tripulantes de B-2 depois, mas até agora foi a única a entrar em combate com o modelo, que teve apenas 21 unidades construídas. Sua missão real com o bombardeiro invisível aconteceu sobre o Iraque, em março de 2003.
Jonh conheceu Jennifer quando eles foram colegas na Base Aérea de Ellsworth, na Carolina do Sul, onde voavam o B-1. Porém, ela deixou o namorado para trás em busca de voar o B-2. Foi ele quem precisou ser aceito no restrito grupo de pilotos do Spirit para poder se juntar à futura esposa!
Apesar de o casal ter servido juntos na Base Aérea de Whiteman, no Missouri, fazendo parte do mesmo Quadro de Tripulantes, as regras da USAF impedem que um casal componha uma mesma tripulação. Jonh e Jennifer conseguiram autorização para um único voo juntos, em um treinador T-38 Talon.
A história foi contada pela USAF neste mês, quando o casal deixou o serviço ativo, juntos. A Tenente-Coronel Jennifer Avery acumulou 1.600 horas de voo. E o Tenente-Coronel John Avery, 2.500 horas.
Agora, ambos seguem na vida civil. E já têm, os dois, licença de pilotos.
Fotos: USAF
