AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Colômbia avalia comprar Gripen

Bem mais avançados que os Kfir, o Gripen C, como esse da República Tcheca, seriam uma solução de menor custo que o Gripen E
A Colômbia recebeu propostas tanto para o Gripen E quanto do Gripen C

A Força Aérea da Colômbia recebeu da Saab propostas para se tornar o segundo cliente de Gripen na América do Sul. A informação foi dada por Jonas Hjelm, chefe da área de negócios aeronáuticos da empresa, durante o Gripen Annual Seminar, realizado hoje em Estocolmo.

Atualmente com menos de uma dúzia de caças Kfir operacionais, a Colômbia recebeu propostas tanto para o Gripen E, semelhante ao modelo atualmente em desenvolvimento e já encomendado pelo Brasil, quanto do Gripen C, versão mais simples já operacional na Suécia, África do Sul, Tailândia, Hungria e República Tcheca. Neste segundo caso, o recebimento seria mais rápido.

Ainda que modernizados, os IAI Kfir colombianos têm células baseadas em tecnologias dos anos 70 e já passaram por sérios problemas de disponibilidade

A concorrência, porém, deve ser acirradada. Há propostas para venda tanto de caças usados, que poderiam ser F-16 dos Estados Unidos ou Eurofighter Typhoon da Espanha. A Saab confirmou ter enviado as propostas, mas não teve ainda respostas sobre o planejamento dos colombianos.

Outras vendas

A Finlândia, porém, parece ser o negócio atualmente mais promissor para o Gripen. A proposta é vender um total de 64 aeronaves, tanto monoplaces (Gripen E) quanto biplaces (Gripen F). A decisão deve ocorrer em 2021.

Também há expectativas sobre possíveis vendas para Canadá, Índia, Botsuana, Filipinas, Croácia e Suíça, sendo que neste último caso o caça já havia sido selecionado para um negócio envolvendo 22 aeronaves, porém a compra foi barrada por um referendo popular em 2014. Agora, uma nova seleção deve envolver até 40 aeronaves, com a decisão final saindo em 2025. “Nós fomos selecionados pelos especialistas e pelos militares”, ressaltou Jonas Hjelm.

O executivo, porém, ressaltou que a venda de caças não é um negócio fácil. “Você pode ter a melhor performance, você pode ter o melhor preço, isso não quer dizer que você será o vencedor”, disse. Segundo ele, o importante é que os países continuam a solicitar informações sobre o Gripen e o caça continua a cumprir com os requisitos estabelecidos.

O mercado de caça seria, na opinião de Jonas Hjelm, marcado pela necessidade de paciência. “Todo país tem a soberania para sua decisão, porque comprar um caça não é só comprar por performance, há muita mais coisa”, completou.

Imagem divulgada pela Saab mostra países que já compraram o Gripen e as possíveis vendas

Gripen Naval

Agora chamado de “Gripen Maritime”, o projeto anteriormente conhecido como Sea Gripen está parado. De acordo com os palestrantes do Gripen Annual Seminar, há capacidade de desenvolver o modelo capaz de pousar em porta-aviões, porém o projeto somente irá caminhar se houver a perspectiva de vendas.

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Redação

Comentários

  • É uma boa possibilidade também para a Embraer, pois no futuro os Gripens colombianos poderão receber manutenção avançada aqui no Brasil

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