A Historical Aircraft Restoration Society (HARS), da Austrália, comemora ter o único P2V-7 Neptune em condições de voo no mundo. A aeronave decolou no dia 24 de dezembro, após passar por um processo de restauração que durou dois anos.
O P2V-7 voou com as cores da Royal Australian Air Force entre 1962 e 1977, com matrícula A89-273, quando foi substituído pelo P-3 Orion. A HARS comprou a célula em 1988 e enfrentou um longo desafio para colocá-la em situação de voo, principalmente por conta dos motores. Agora, o avião tem o registro civil VH-IOY e já realizou uma série de voos entre o fim de 2023 e o início de 2024.
O modelo é semelhante ao P-15 Netuno, designação dada pela Força Aérea Brasileira às catorze aeronaves voadas pelo Esquadrão Orungan, com sede na Base Aérea de Salvador, entre 1958 e 1976. Um dos P-15 foi transformado em monumento na capital baiana. Diferentemente da versão voada no Brasil, o P2V-7 da Austrália se destaca por, além do par de motores de 18 cilindros radiais Wright 3350, levar dois turbojatos J-34.
Com envergadura de 31,65 metros e tripulação de até nove militares, as diversas versões do P2V se destacaram pela autonomia que, em determinadas situações, poderia passar das 20 horas. No Brasil, por exemplo, entre 22 e 23 de julho de 1967 foi realizado um voo com duração recorde de 25h15.
Globalmente, a frota de 1.177 aeronaves produzidas pela Lockheed e pela Kawasaki foi utilizada para patrulha marítima, ataque naval e guerra antissubmarino. Durante a Guerra do Vietnã, a US Navy empregou unidades para missões de reconhecimento e até para ataques ao solo. Já na Guerra das Malvinas, apesar das dificuldades operacionais, os dois últimos Neptune argentino realizaram missões de esclarecimento marítimo, inclusive tendo sido responsáveis pela detecção do HMS Sheffield, afundado em seguida por jatos Super Étendard.
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Que eu saiba (Até conheci um Mecânico da Varig do “Super-Connie”, que era “emprestado” ao PAMA-AF para ajudar na Sincronização dos motores revisados/reconstruídos do P-2), NO BRASIL ERA USADO A VERSÃO COM MOTOR P&E “WASP MAJOR” de 28 cilindros. Eu sei que foi “protótipado” um com Turboprop, mas não apresentou vantagens, assim como o “Turbo Tracker” com PT-6 não ofereceu vantagem sobre o Motor Radial no ”Minas Gerais”, os Argentinos”parecem” ter conseguido sucesso com o a sua própria “conversão” usando os “TP GARRET”.