Dois anos e sete meses depois de o primeiro helicóptero AH-11 Lynx da Marinha do Brasil seguir para a modernização em Yeovil, no Reino Unido, as duas primeiras unidades retornaram à Base Aeronaval de São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, no último dia 22 de janeiro. As aeronaves vieram semidesmontadas e passarão por inspeções antes de poderem começar a cumprir missões.
Os AH-11B, chamados de Super Lynx, são máquinas de guerra bem mais capazes. A modernização incluiu a adoção dos novos motores LHTEC CTS800-4N, cockpit digital compatível com óculos de visão noturna, melhorias na capacidade de guerra eletrônica e um novo sistema de navegação digital.
Em operação, os helicópteros poderão operar com torpedos e com os mísseis antinavio SeaSkua. O radar Seasprey, com cobertura 360º, permite atacar um alvo e distanciar imediatamente. A Marinha estuda ainda adquirir um novo míssil para os AH-11B, além de poder instalar uma metralhadora lateral.
O AH-11 é o modelo de helicóptero mais capaz que pode ser levado a bordo de fragatas e corvetas, tanto em termos de sensores a bordo quanto pela sua capacidade de voar à noite, pousar a bordo em más condições atmosféricas e de mar. Também pode operar em navios de maiores dimensões, como o A-140 Atlântico e o G-40 Bahia.
Operados pelo 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque (HA-1), os AH-11B também cumprirão missões como busca e salvamento, transporte, operações especiais, combate antisubmarino e apoio logístico. O Esquadrão divide com a unidade de UH-12 Esquilo o alerta para embarcar em um navio para missões urgentes.
A modernização também revitalizou as células para ampliar a vida útil. Ao todo, oito unidades serão recebidas, ao custo de US$ 113 milhões. A última entrega deve ocorrer em 2022.
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Modernizados, porem em quantidades pequenas demais.