Com centenas de caças, Israel finalmente terá jato presidencial

Com mais de 220 F-16, 75 F-15 e duas dúzias de F-35 Lightning II no serviço ativo, além de aeronaves de apoio, helicópteros de ataque e um número não revelado de drones de vigilância, a Força Aérea de Israel deve receber no início de 2021 o seu primeiro jato de uso presidencial. Isso porque ao longo dos anos o país decidiu adiar a entrada em serviço da aeronave VIP para preservar preservar o orçamento necessário para as atividades de caráter bélico.

A aeronave é um Boeing 767-300ER usado pela companhia australiana Qantas entre os anos 2000 e 2013 e enviado em 2016 para modificações em Israel. O avião recebeu sistemas de defesa contra mísseis e equipamentos de comunicação segura. O custo total do projeto chegou a 213 milhões de Euros, sendo a empresa israelense IAI a principal contratada.

E foi exatamente o custo que tornou o projeto alvo de críticas públicas. A aeronave fez oito voos de testes entre novembro e fevereiro, mas em março de 2020 o Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu ordenou a interrupção do programa por conta da crise financeira causada pela pandemia de Covid-19 em pleno ano eleitoral no país. Veterano de duas guerras, Netanyahu autorizou a continuação dos projetos militares de cunho bélico, como o recebimento e melhorias dos caças F-35I.

Agora, a IAI deve permanecer com a aeronave para garantir o mínimo de manutenção necessária até que o governo israelense concretize o seu recebimento. No último comunicado oficial, o Ministério da Defesa do país previu a entrega no início de 2021. É o tempo necessário, também, para que a base aérea de Nevatim receba as adaptações necessárias. Não será criado um esquadrão específico: a operação ficará sob responsabilidade do Esquadrão 120, atualmente equipado com os Boeing 707 e em fase de preparação para receber o KC-46, reabastecedor baseado no 767.