A Turquia não é uma democracia consolidada e, por isso, não deve ser autorizada a receber 40 caças Eurofighter Typhoon que desejava comprar. A posição dada pelo governo da Alemanha esbarra em um detalhe: o caça é desenvolvido e produzido em parceria com Reino Unido, Itália e Espanha, que discordam do veto alemão.
Para os outros três parceiros, a venda teria relevância econômica: em mais de 20 anos, foram apenas 136 exportações para países fora do grupo (Arábia Saudita, Kuwait, Omã e Catar). Além disso, a venda permitira manter ativa a linha de montagem com a versão mais moderna do jato, incluindo radar AESA CaptorE Mk2.
Há, ainda, considerações estratégicas. A Turquia faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) desde 1952, sendo um rival histórico da Rússia. Além disso, sem opções de caças avançados para substituir seus F-16 mais antigos, o país deve acelerar o desenvolvimento do seu caça TF-X Kaan, que futuramente vai disputar mercado com caças da Europa Ocidental.

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