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Gol e outras cinco companhias perdem licença para voar na Venezuela, EUA enviam voo com deportados

Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía. Foto: Wikimedia Commons

O governo da Venezuela revogou as licenças de operação das companhias aéreas Gol (Brasil), Latam Colômbia (Colômbia), Avianca (Colômbia), Ibéria (Espanha), TAP (Portugal) e Turkish (Turquia). A medida foi tomada após o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (INAC) da Venezuela dar um prazo de 48 horas para que essas empresas voltassem a cumprir seus voos programados. O prazo expirou na quarta-feira. As companhias espanholas Air Europa e Plus Ultra ficaram de fora da revogação, apesar de terem chegado a suspender voos.

As empresas pararam de cumprir suas rotas até a Venezuela após a autoridade de aviação dos Estados Unidos, a Federal Aviation Administration (FAA), ter emitido, em 21 de novembro, um alerta de segurança para voos na área da Venezuela. O governo espanhol fez um alerta semelhante três dias depois, quando a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) também divulgou comunicado, recomendando calma e diálogo entre as partes envolvidas.

Em paralelo, o Consorcio Venezolano de Industria Aeronáuticas y Servicios Aéreos S.A. (CONVIASA) informou que os voos das companhias aéreas venezuelanas continuam normalmente, tanto para destinos nacionais quanto internacionais. A Estelas Latinoamérica e a Laser Airlines também confirmaram ter operações normais. Companhias de outros países latino-americanos, como a Copa e a Boliviana de Aviación, mantêm os seus voos.

Voo dos EUA ocorre com normalidade

A preocupação das autoridades estrangeiras trata a respeito dos riscos de uma deterioração das tensões militares entre Estados Unidos e Venezuela. Nas últimas semanas, porta-aviões, aeronaves e outras embarcações norte-americanas têm se aproximado cada vez mais do território venezuelano. A Casa Branca alega que são missões para o combate ao narcotráfico.

Enquanto isso, o governo dos EUA realizou um voo com deportados para a Venezuela. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional Simón Bolívar, em Maiquetía, com 175 deportados, incluindo cinco crianças. A aeronave partiu do estado do Arizona e cumpriu as duas etapas em segurança.

Aeronaves civis abatidas

Casos aeronaves civis abatidas em meio a operações militares não são incomuns. Em 1988, por exemplo, o navio USS Vincennes, dos Estados Unidos, abateu em pleno voo um Airbus A300 do Irã, matando todas as 290 pessoas a bordo, incluindo 66 crianças.

Em 2014, um Boeing 777 da Malaysia Airlines foi abatido sobre a Ucrânia, matando todas as 298 pessoas a bordo. O governo russo nega envolvimento no caso, enquanto reconheceu a culpa no abate de um Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, em 25 de dezembro de 2024, que deixou 38 mortos.

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Humberto Leite

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