AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA DOS ARQUIVOS DE ASAS

Há 50 anos, FAB se preparava para voar o primeiro jato de combate da Embraer

AT-26 Xavante da Força Aérea Brasileira Foto: Johnson Barros / Força Aérea Brasileira

Se atualmente a Força Aérea Brasileira se prepara para operar os novos caças F-39 Gripen, há 50 anos a história era parecida. Em 3 setembro de 1971 havia voado pela primeira vez o FAB 4462, o primeiro AT-26 Xavante produzido em série no Brasil, pela então recém-criada Embraer.

O jato de tecnologia italiana, desenvolvido pela empresa Aeronáutica Macchi, havia se apresentado menos de dois antes, em outubro de 1969, em São José dos Campos (SP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Natal (RN) e Fortaleza (CE). Em 29 de maio de 1970 foi assinado o contrato para a aquisição de 112 unidades, com a obrigação de que o primeiro deveria ser entregue em apenas 18 meses.

Foi realizado. No desfile de 7 de Setembro realizado em 1971, dois AT-26 Xavante estavam entre as atrações da Força Aérea Brasileira. Em 19 de novembro daquele ano as cinco primeiras unidades chegavam para o 1º Grupo de Aviação de Caça, a primeira unidade a empregar o AT-26 Xavante no Brasil.

O 1º Grupo de Aviação de Caça utilizaria o Xavante de 1971 a 1974, segundo o planejamento, de forma temporária, sendo substituído pelos então novíssimos F-5 Tiger II. Também iriam operar os Xavantes o 3° EMRA (1975-1980), 4º EMRA (1975-1979), 5º EMRA (1975-1976), 1º/10° GAV (1976-1999), 3º/10° GAV (1979-1998), 1º GDA (2005-2006) e 2º/5° GAV (1980-2004). Dentre as unidades operacionais da FAB, contudo, a que teve a passagem mais marcante do AT-26 Xavante foi o 1º/4° GAV, Esquadrão Pacau, onde voou de 1973 até 2010.

Com contratos adicionais, ao todo, a Força Aérea Brasileira receberia 166 jatos Embraer AT-26 Xavante, sendo o último entegue em 1981. A cadência de entrega ao longo dos dez anos foi alta, sobretudo quando se lembra que mais 16 jatos foram produzidos para exportação, sendo seis para o Togo e dez para o Paraguai. Onze unidades usadas pela FAB também foram revendidas para a Argentina após a Guerra das Malvinas.

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