Interoperabilidade das Forças Armadas ajudou a combater calamidade pública

Adquirir helicópteros semelhantes para as três forças armadas e formar uma mesma comunidade de operadores. O plano traçado há mais de dez anos pelo Ministério da Defesa do Brasil mostrou suas vantagens práticas agora em janeiro. E em uma missão real.

Durante as operações de apoio à defesa civil no sul da Bahia, provocadas pelas fortes chuvas, os militares de manutenção do Destacamento Aéreo Naval do 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego geral apoiaram a manutenção da aeronave HM-4 do Exército Brasileiro que também atuava na área. O resultado foi poder continuar a auxiliar a população.

Entre os voos de apoio à população civil a partir da cidade de Itamaraju (BA), a aeronave do Exército Brasileiro apresentou uma pane em dois componentes do rotor principal. Os militares da Aviação Naval estavam próximos, em Porto Seguro (BA). Foi mais rápido que o envio de militares de localidades mais distantes.

As semelhanças com os UH-15 da Marinha não são por acaso: ambas fazem parte do mesmo contrato de aquisição de 50 unidades dos H225M, fabricados pela Airbus/Helibras. Na FAB, elas são designadas H-36. As primeiras unidades foram apresentadas em 2010, na Base Aérea de Brasília.

Hoje, as três forças também realizam treinamentos juntas, incluindo operações a bordo do navio-aeródromo Atlântico.