AVIAÇÃO COMERCIAL & PRIVADA

Itapemirim não realizou primeiro voo na data prevista

Quem acessava o site da nova empresa aérea brasileira, a ITA Transportes Aéreos, tinha em destaque um contador com dias, horas, minutos e segundos para a data de início das operações: 18 de março. Hoje, porém, é 22 de março. E não há nada de novo no ar.

A chegada do primeiro A320 da empresa animou o mercado com as imagens da futura companhia aérea brasileira. Porém, passada a data prometida já ficam mais dúvidas sobre quando será o início efetivo das operações, e se a empresa realmente vai decolar.

Questionada pela Revista ASAS sobre futuros destinos e expectativas de frota, a Itapemirim firmou ainda estar em um momento de definições. Na página da internet, o contador para o dia 18 de março sumiu, e até agora também não é possível fazer uma coisa básica disponível no site de qualquer companhia aérea: comprar passagens.

O silêncio contrasta com as promessas. “O objetivo é levar ao território nacional a democratização do transporte aéreo. Com a experiência incomparável de quem já atende, no transporte rodoviário mais de 50% das cidades em todo território nacional, será uma jornada empresarial inovadora e sem precedentes”, afirma em sua apresentação oficial da empresa o presidente da companhia, Sidnei Piva de Jesus.

As expectativas apresentadas em entrevistas parecem não se converterem em realidade. Até o fim de março deveriam ser dez aeronaves disponíveis. Também aconteceria neste mês uma apresentação oficial em Brasília e um voo comercial inaugural saindo de Vitória (ES). Em julho começariam as operações com carga. Voos internacionais já em 2022. E no horizonte de cinco anos haveria cem aviões na frota.

São planos ousados. Para se ter uma ideia, a Gol, fundada há 20 anos, tem menos de 130 aviões, mesmo já atuando em rotas internacionais. E não é só isso: Sidnei Piva de Jesus garante que as aeronaves terão uma configuração interna mais confortável, com menos assentos que os A320 operados pela Azul e Latam. O serviço de bordo prometido também será diferenciado.

Até agora, porém, a Itapemirim não decolou. O prazo de 18 de março já se revelou irreal. Resta saber se estamos diante de uma tática empresarial diferenciada, ou mais um plano frustrado na história da aviação comercial brasileira.

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