AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Já tem país dizendo adeus ao F-16

Caças F-16 da Real Força Aérea da Noruega Foto: Alan Wilson

Enquanto versões mais modernas do F-16 ainda estão no início da vida operacional, as primeiras variantes já começam a virar história. É o caso dos F-16AM/BM da Luftforsvaret, a Real Força Aérea da Noruega.

De acordo com a proposta orçamentária, em 2022 o único caça do país deve ser o F-35A Lightning II. Isso determinaria a aposentadoria dos F-16 até o fim de 2021.

Os F-16 da Noruega estão entre os mais antigos da Europa, tendo sido recebidos entre 1980 e 1984. Modernizados, os cerca de 50 jatos ainda em uso têm vida útil pela frente, e por isso devem ser negociados no mercado internacional. Entre os potenciais clientes, um dos principais é a Força Aérea da Romênia, que já adquiriu unidades usadas por Portugal.

Por outro lado, a Noruega já conta com 31 caças F-35A, sendo que dez estão nos EUA para missões de treinamento. Até o fim de 2024 a Noruega terá 52 unidades.

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Foto: Força Aérea Portuguesa

Quase 5.000 unidades

Segundo a Lockheed Martin, mais de 4.600 aeronaves já foram entregues, e cerca de 3.300 estão operacionais. A empresa se prepara para apoiar a operação de caças F-16 até o ano de 2060.

O caça já conquistou 25 países, além dos Estados Unidos. Todos continuam a operar o modelo, com exceção da Itália, que operou 34 jatos alugados entre 2001 e 2012 para ocupar o gap deixado entre o F-104 Starfighter e o Eurofighter Typhoon.

Na América Latina, a Venezuela opera caças F-16 desde 1983, época em que o país era alinhado com os Estados Unidos. Hoje são possivelmente 21 caças F-16 operacionais, todos da versão A/B Block 15, uma das primeiras. Ainda assim, há relatos de que os aviões teriam recebido mísseis Pythoon IV. Já o Chile comprou dez F-16C/D Block 52 em 2002, todos novos. O país conta ainda com 29 F-16A e 7 F-16B, modernizados para o padrão MLU, adquiridos usados da Holanda.

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Foto: Northrop Grumman

O Brasil chegou a cogitar mais de uma vez a aquisição do F-16, sendo a última no chamado Projeto F-X2. O caça norte-americano, porém, foi derrotado e sequer participou da lista final, em que o vencedor Saab Gripen enfrentou o Dassault Rafale e o Boeing F-18.

No cado dos Estados Unidos, entre 1978 e 2005 o país recebeu 2.231 caças F-16, dos quais cerca de 1.300 ainda voam. O último foi da versão F-16C Block 50, um modelo tecnologicamente inferior a variantes já exportadas, com destaque para o atual F-16V Block 72, que conta com o radar AESA APG-83 e o Joint Helmet-Mounted Cueing System II (JHCMS II), dentre outras melhorias.

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O planejamento inicial era aposentar toda a frota de F-16 em prol dos novos F-35 Lightning II, mas desde a década passada o Pentágono decidiu prorrogar a vida útil de parte dos caças até 2048, inclusive adotando o radar APG-83.

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