AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA ESPAÇO

Projeto espacial ganha destaque no Dia da Força Aérea Brasileira

Imprensa e militares acompanham o lançamento do satélite SGDC a partir do Comando de Operações Aérea (COMAE), em 2017 Foto: André Feitosa / Força Aérea Brasileira

Hoje, 23 de Outubro, a Força Aérea Brasileira comemora pela 80º o Dia do Aviador. É a principal data comemorativa da instituição criada há mais de 80 anos, em 20 de janeiro de 1941. Em 2021, porém, um detalhe se destacou na solenidade oficial realizada em Brasília (DF): o destaque para os projetos espaciais.

Em sua ordem do dia, o Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior destacou três projetos: o F-39 Gripen, o KC-390 e o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais. No texto, o Comandante aponta as três iniciativas como “a espinha dorsal da FAB, no ambiente aeroespacial, pelas próximas décadas”.

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A antena de 8 metros de altura, 13 metros de diâmetro e 42 toneladas é utilizada pelo Centro de Operações Espaciais (COPE) Foto: Força Aérea Brasileira

Conhecido pela sigla PESE, o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais foi criado para atender às necessidades estratégicas das três forças armadas, além de demandas civis. Há a previsão de lançamento de seis frotas de satélites de órbita baixa e de três satélites de órbita geoestacionária – que contemplam estações terrestres de controle, recepção e processamento de dados – para fornecer serviços de observação terrestre, telecomunicações, mapeamento de informações, posicionamento, monitoramento do espaço e um centro de operação de sistemas espaciais.

Os sistemas espaciais considerados no PESE devem atender, no campo militar, à modernização de variados sistemas em operação, como o Sistema de Defesa Aeroespacial Brasileiro (SISDABRA), o Sistema de Enlaces de Digitais da Aeronáutica (SISCENDA), o Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), o Sistema Militar de Comando e Controle (SISMC2), e também outros que estão em fase de planejamento ou implantação, como o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) e Sistema Integrado de Monitoramento das Fronteiras (SISFRON). Planeja-se ainda o uso desses em apoio a iniciativas civis, como em ações de prevenção e atuação em casos de grandes catástrofes ambientais, no Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM), e no Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), entre outros.

O PESE tem destaque na exposição que o Comando da Aeronáutica abriu esta semana no Congresso Nacional. E, na solenidade do Dia do Aviador, realizada ontem, o Comandante da Aeronáutica ressaltou o impacto dessas novidades tecnológicas. “Mais do que reformas nas estruturas físicas, a chegada desses vetores demanda aperfeiçoamento doutrinário, desenvolvimento de novos conceitos operacionais de emprego, além da tão importante qualificação e valorização das pessoas envolvidas: nossos homens e mulheres que compõem as Asas que Protegem o País”.

Atualmente, a Força Aérea Brasileira já conta com o Centro de Operações Espaciais (COPE), organização subordinada ao Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), localizado em Brasília (DF), que, entre outras atribuições, opera Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), lançado em 2017.

Globalmente, a atuação das forças aéreas no espaço tem crescido. Rússia e China já apresentam tecnologias capazes de atuar nesta arena, incluindo até sistemas antiaéreos. A França transformou a sua Armée de l’air em Armée de l’air et de l’espace. Já os Estados Unidos criaram uma nova força armada, a US Space Force.

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