AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Russos preparam “comitê de boas-vindas” para novo porta-aviões britânico

Foto: Ministério da Defesa da Rússia

O HMS Queen Elizabeth zarpou em maio de Portsmouth para uma missão até dezembro, com previsão de percorrer mais de 45 mil quilômetros e realizar exercícios com 40 países. Porém, as atividades mais intensas tem sido realizadas por conta da Rússia, que deslocou uma força aeronaval significativa para encontrar o novo porta-aviões britânico.

No dia 25 de junho, embarcações de combate russas (o cruzador Moskva, as fragatas Almirante Essen e Almirante Makarov, e os submarinos Stary Oskol e Rostov-on-Don), juntamente com aviões de patrulha Il-38 e Tu-142MK, além de bombardeiros Tu-22M3 e caças de longo alcance MiG-31, iniciaram um exercício no Mediterrâneo que resultaria e em encontros com a força naval britânica. O objetivo declarado é assegurar a proteção das bases russas na Síria, mas parte significativa das atividades tem ocorrido sobre a água.

É a primeira vez que os MiG-31K vão operar a partir da Síria. Os caças estão na base aérea de Kheimim, onde a Federação Russa realizou obras para tornar possível operações de aeronaves de grande porte. As aeronaves são capazes de levar os mísseis hipersônicos Kinzhal, considerados por analistas militares como a maior ameaça atual às frotas. Há também os mísseis antinavio Kh-22/32, com alcande de até 1.000 km. A força russa na área inclui também caças Su-35 que já estavam deslocados para a região.

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HMS Queen Elizabeth (acima) durante treinamento com o porta-aviões francês Charles de Gaulle
Foto: Royal Navy

O HMS Queen Elizabeth é a nau-capitânea do Carrier Strike Group 21, também formado por três destróieres, três fragatas e um submarino, além de dois navios auxiliares e um companhia dos Royal Marines. O porta-aviões leva a bordo 18 caças F-35B Lightning II, sendo oito do esquadrão 617 da Royal Air Force e dez do Marine Fighter Attack Squadron 211, do United States Marine Corps, além de dez helicópteros Merlin.

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Esta é a primeira missão de um grupo naval britânico com aviões desde 2014 e a maior frota da Royal Navy a operar sob o mesmo comando desde a Guerra das Malvinas, em 1982. Há a expectativa de que além dos exercícios haja a confrontação real de alvos do Estado Islâmico durante a passagem pelo Oriente Médio.

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