Uma conexão direta entre altas autoridades de China e Japão, de forma a evitar que incidentes se transformem em efetivas ameaças mútuas. Inspirado na experiência de russos e estadunidenses, o “telefone vermelho” entre chineses e japoneses foi criado em março de 2023, porém, sua utilidade foi limitada a uma ligação entre os ministros da defesa dos dois países, logo após fechado o acordo. De lá para cá, a tensão tem crescido com violações mútuas que ocorrem sem qualquer comunicação.
Em 4 de julho do ano passado, o destroier DD-117 JS Suzutski, um dos mais novos da frota do Japão, tendo entrado em serviço em 2014, ingressou no mar territorial da China sem qualquer comunicação prévia e navegou a 22 km da costa. No mês seguinte, um avião de reconhecimento chinês Y-9 invadiu o espaço aéreo do Japão, também sem diálogo. Em ambos os casos, as diplomacias atuaram para classificar os incidentes como erros de navegação.
As incursões nos limites do espaço aéreo são mais comuns. Para se ter uma ideia, em 2021, caças japoneses realizaram 1.104 interceptações, sendo 722 de aeronaves identificadas como da China. O recorde após a Segunda Guerra Mundial foi em 2016, com 1.168 ocorrências registradas.

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