USAF nega que inteligência artificial tenha se rebelado durante simulação

Um teste realizado pela United States Air Force (USAF) mostrou os riscos do uso de inteligência artificial para controle de aeronaves remotamente pilotadas, conhecidas popularmente como drones. Durante uma simulação realizada em ambiente virtual, o sistema automatizado decidiu destruir a própria base de operações por “interferir” na sua missão pré-programada.

O incidente foi revelado no fim de maio durante um evento sobre o futuro das capacidades militares, realizado em Londres, e se tornou público nesta quinta após reportagem do jornal The Guardian. Porém, hoje, fontes da USAF negaram a informação. Mais tarde, a própria fonte original, o Coronel Tucker Hamilton, chefe do setor de testes de inteligência artificial da USAF, disse que houve um mal entendido.

De acordo com o relato original, durante a simulação, o sistema recebeu a instrução de identificar e destruir um sistema de defesa antiaérea inimigo. Em seguida, a base de operações, também simulada, enviou a ordem para cancelar o ataque. A inteligência artificial entendeu que quem tentasse impedir sua missão seria também inimigo, então destruiu a base do operador e sua antena de comunicações. Tudo teria ocorrido somente em ambiente virtual, sem explosões nem vítimas reais.

A USAF tem trabalhado em áreas de inteligência artificial para aplicações de combate. Em 2020, por exemplo, também durante uma simulação, um sistema do tipo conseguiu vencer um adversário humano em um dogfight com caças F-16. No ano passado, foi realizado o primeiro treinamento de combate aéreo com aeronave real controlada por inteligência artificial, ainda que sob a supervisão humana e sem uso de armamentos.

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