AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

120 mil suíços aderem a abaixo-assinado contra a compra do F-35

O governo da Suíça recebeu um abaixo-assinado com os nomes de 120 mil cidadãos contrários à aquisição dos caças F-35 Lightning II. A iniciativa, informalmente chamada de “Stop F-35”, foi mobilizada por políticos de esquerda e ambientalistas. O pedido é que haja, no mínimo, a revisão das condições de compra.

A esquerda suíça defende que o país adquira uma aeronave de origem europeia, mais notadamente o Eurofighter Typhoon ou o Dassault Rafale. Já os ambientalistas tendem a ser contrários a aquisição de qualquer aeronave de combate. Por outro lado, parte da direita também aderiu. Para eles, é importante encontrar uma solução menos onerosa.

Anunciado em junho do ano passado como vencedor da concorrência para os novos caças do país, o F-35 deverá custar pelo menos 6,2 bilhões de Euros aos contribuintes da suíça. O jato ganhou o apelido de “Ferrari desnecessária”.

F-35 da USAF. Foto: Brian G. Rhodes

A disputa política também se tornou um debate sobre o próprio processo democrático. Enquanto o governo tenta acelerar as negociações e assinar o contrato até meados de 2023, parte da sociedade suíça demanda a existência de um referendo, uma prática comum por lá.

Em 2012, o Gripen chegou a ser anunciado como futuro caça da Suíça. Seriam alugados oito JAS-39 C e três JAS 39D, até a futura entrega dos JAS 39 NG, versão hoje conhecida como Gripen E, a adquirida pelo Brasil. Porém, em 18 de maio de 2014, um referendo nacional votou contra o financiamento do Gripen. A margem foi apertada: 53,4% dos votos decretaram o fim da compra.

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