A história está sendo escrita neste momento e você pode acompanhar ao vivo. No site FlightRadar24 é possível se manter ligado no Boeing 787-9 da empresa australiana Qantas, que decolou hoje de Londres e vai pousar em Sydney. Serão 19 horas e 30 minutos de voo para percorrer uma distância de 17.800 km.
Quem estiver a bordo vai enfrentar uma verdadeira “viagem no tempo”. O avião decolou às 6h09 desta quinta-feira no horário de Londres e vai pousar quando forem 12h39 de sexta-feira em Sydney. Isso porque, além das 19h30 de voo é preciso contar com mais onze horas a mais de fuso horário.
Mas este ainda não é um voo comum. A bordo estão 50 pessoas selecionadas para participar do que é ainda classificado como experiência. Pesquisadores do Centro Charles Perkins da Universidade de Sydney e do Centro Cooperativo de Pesquisa para Prontidão, Segurança e Produtividade coletam dados de cada ser humano a bordo do ambiente, tanto da parte fisiológica quanto psicológica. Ajustes no cardápio, alongamentos, meditação, ajustes de temperatura e iluminação fazem parte da experiência.
Isso já ocorreu em dois voos de ultra longo alcance realizados pela Qantas: de Nova York a Sydney e de Seattle para Sydney. A empresa pesquisa a possibilidade de oferecer esses voos com regularidade, fazendo os passageiros não perderem tempo em conexões em aeroportos. O plano é operar rotas diretas de Sydney para Londres e New York a partir de 2023.
Em 1989 a empresa realizou um voo entre Londres e Sydney com um Boeing 747-400, porém apenas 23 pessoas estavam a bordo e foi necessário retirar duas toneladas de equipamentos da aeronave, que pousou 20 horas depois. Naquela ocasião, o 747 foi rebocado até o início da pista de pouso para evitar gastar combustível durante o táxi.
O voo de hoje será 30 minutos mais rápido e o avião voará em uma configuração tradicional. Os passageiros, inclusive, levam suas bagagens a bordo. Hoje, o Boeing 787 já é usado em uma rota regular da empresa entre Londres e Perth, no litoral oeste da Austrália. Há uma vantagem na rota: a distância ficou 201 km menor graças à abertura do espaço aéreo da Rússia e da China, algo improvável de ocorrer 30 anos atrás.
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