AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

Com foco no F-35, Bélgica encerra demonstrações com F-16

F-16 Dream Viper da Bélgica. Foto: Ronnie Macdonald

A força aérea da Bélgica anunciou que não fará mais shows aéreos com seu F-16AM Fighting Falcon utilizado pelo grupo Dream Viper em eventos aeronáuticos. O objetivo será concentrar os esforços na introdução operacional dos novos F-35A Lightning II.

A aeronave apelidada de Dream Viper se destaca pelos esquemas de cores comemorativas, sempre presença habitual em shows aéreos. Pilotos com ampla experiência no F-16 se apresentavam com manobras de alto desempenho.

Agora, com o início da desativação dos F-16, o entendimento é de preservar o número de horas de voo e contar com todas as aeronaves disponíveis para cumprir os deveres de defesa aérea do país e dos compromissos em nome da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Nos últimos 30 anos, a Bélgica enviou seus caças em missões reais nos Balcãs, na Líbia, no Afeganistão e na Síria, além de realizar defesa aérea no leste europeu.

F-16 da Bélgica em operação a partir da Jordânia para atacar alvos do Estado Islâmico. Foto: Wolfram M. Stumpf

O país ainda conta oficialmente com 53 F-16 A/B, todos modernizados para o padrão MLU M6.1, sendo 44 monopostos e 9 bipostos. Todos deverão ser substituídos por 34 F-35A Lightning II.

Não há ainda qualquer definição de que algum dos F-35 siga a tradição de receber pinturas especiais para participar de eventos festivos. 

O contrato está avaliado em US$ 4,33 bilhões. O pacote inclui 38 motores Pratt & Whitney F135, uma suíte completa de guerra eletrônica e sistemas de comando e controle. Além das capacidades da aeronave, o governo belga também teria sido convencido positivamente pela facilidade de interoperabilidade com outros parceiros da OTAN.

A vitória do F-35 aconteceu com a concorrência final apenas do Dassault Rafale e do Eurofighter Typhoon. Ainda em 2017, Saab, que oferecia o Gripen E, desistiu da disputa. A Boeing retirou seus caças F-18 Super Hornet da concorrência, alegando que não havia oportunidade para competir em um nível verdadeiro, pois havia uma clara preferência pelo F-35.

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