AVIAÇÃO MILITAR & DEFESA

F-18A/B voará na Espanha até 2035

F-18 da Espanha. Foto: Nicholas Egan

A Espanha planeja manter em serviço, até 2035, caças F-18A/B adquiridos em meados dos anos 80. Contratos de manutenção e de fornecimento de peças, avaliados em 40 milhões de Euros, garantem o apoio de fabricantes por pelo menos mais dez anos. Também foram adquiridos mais 20 motores General Electric F404. Hoje, são 62 EF-18AM/BM em serviço, designação dada após múltiplos processos de modernização.

A primeira melhoria ocorreu a partir de 1992, com adoção de tecnologias dos F-18C/D, incluindo pods de designação e novos softwares de missão, além de tanques subalares maiores. Posteriormente, os radares AN/APG-65 receberam upgrades, sendo depois substituídos pelos AN/APG-73. Também foram incorporados sistemas de comunicação avançados, com datalink.

Os caças são hoje capazes de operar com bombas guiadas a laser GBU-24, mísseis ar-ar de curto alcance Iris-T e do tipo BVR AIM-120 AMRAAM, além dos mísseis de cruzeiro Taurus KEPD 350. O arsenal inclui, ainda, mísseis anti-radar AGM-88 HARM, mísseis anti-superfície AGM-65G Maverick e bombas guiadas GBU-10 e GBU-16.

F-18 do Ejército del Aire, da Espanha, durante a operação Allied Force. Foto: Greg L. Davis

As aeronaves voaram missões reais sobre os Balcãs, nos anos 90, e na Líbia, em 2011. A efetividade da capacidade operacional atual é confirmada pela participação nas missões de defesa aérea no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no Báltico. Normalmente, os F-18 são baseados em Zaragoza, no continente, e nas Ilhas Canárias, onde são os principais vetores de defesa.

Porém, a primeira linha do Ejército del Aire é composta por uma frota de 73 caças Eurofighter Typhoon. Mais 20 unidades, do novo lote Tranche 4, foram adquiridas para reforçar os números.

Eurofighter Typhoon durante exercício nas ilhas Canárias. Foto: Ejército del Aire

Ainda há expectativas a respeito da substituição dos AV-8B Harrier II da Armada Española. Uma dúzia de aeronaves está em serviço, tendo como foco a operação a bordo do porta-aviões leve Juan Carlos I. A Itália, que tinha o mesmo tipo de caça de decolagem curta e pouso vertical, decidiu pela aquisição do F-35 da versão B, semelhante aos já em uso no United States Marine Corps.

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