A Espanha planeja manter em serviço, até 2035, caças F-18A/B adquiridos em meados dos anos 80. Contratos de manutenção e de fornecimento de peças, avaliados em 40 milhões de Euros, garantem o apoio de fabricantes por pelo menos mais dez anos. Também foram adquiridos mais 20 motores General Electric F404. Hoje, são 62 EF-18AM/BM em serviço, designação dada após múltiplos processos de modernização.
A primeira melhoria ocorreu a partir de 1992, com adoção de tecnologias dos F-18C/D, incluindo pods de designação e novos softwares de missão, além de tanques subalares maiores. Posteriormente, os radares AN/APG-65 receberam upgrades, sendo depois substituídos pelos AN/APG-73. Também foram incorporados sistemas de comunicação avançados, com datalink.
Os caças são hoje capazes de operar com bombas guiadas a laser GBU-24, mísseis ar-ar de curto alcance Iris-T e do tipo BVR AIM-120 AMRAAM, além dos mísseis de cruzeiro Taurus KEPD 350. O arsenal inclui, ainda, mísseis anti-radar AGM-88 HARM, mísseis anti-superfície AGM-65G Maverick e bombas guiadas GBU-10 e GBU-16.
As aeronaves voaram missões reais sobre os Balcãs, nos anos 90, e na Líbia, em 2011. A efetividade da capacidade operacional atual é confirmada pela participação nas missões de defesa aérea no âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), no Báltico. Normalmente, os F-18 são baseados em Zaragoza, no continente, e nas Ilhas Canárias, onde são os principais vetores de defesa.
Porém, a primeira linha do Ejército del Aire é composta por uma frota de 73 caças Eurofighter Typhoon. Mais 20 unidades, do novo lote Tranche 4, foram adquiridas para reforçar os números.
Ainda há expectativas a respeito da substituição dos AV-8B Harrier II da Armada Española. Uma dúzia de aeronaves está em serviço, tendo como foco a operação a bordo do porta-aviões leve Juan Carlos I. A Itália, que tinha o mesmo tipo de caça de decolagem curta e pouso vertical, decidiu pela aquisição do F-35 da versão B, semelhante aos já em uso no United States Marine Corps.
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