Já criticados por analistas militares como superados, caros e com pouca expectativa de sobrevivência em conflitos futuros, os porta-aviões continuam a ter espaço nas marinhas de países com alto investimento militar. A novidade foi o anúncio da compra de 26 caças franceses Rafale M pela Índia, um negócio avaliado em US$ 7,4 bilhões e o principal investimento na ala aérea dos porta-aviões INS Vikrant e INS Vikramaditya.
A venda do Rafale M foi facilitada por conta da experiência positiva que a Índia tem tido com o caça Rafale em sua força aérea. A assinatura do negócio representou uma vitória frente ao F-18 Super Hornet e a proposta de uma versão naval do Gripen, chamada de Gripen Maritime.

O Vikrant entrou em serviço ativo em 2022, tendo sido o primeiro porta-aviões desenvolvido e fabricado na Índia. O país já contava, desde 2004, com INS Vikramaditya, que inicialmente entrou em serviço na União Soviética em 1987, com o nome Admiral Gorshkov, tendo sido aposentado pela Rússia em 2006. O país também contou com outro porta-aviões batizado de Vikrant, operado entre 1961 e 1990, e o Viraat, utilizado de 1987 até 2017.
O investimento na compra dos 26 caças Rafale, sendo 22 monoplaces e quatro biplaces, todos com sistemas a bordo do padrão mais recente, o F4, tornará a Índia o único país do mundo a operar aeronaves convencionais de exportação em porta-aviões. Apenas Estados Unidos, China, Rússia e a própria França contam com esse tipo de tecnologia. Outras nações com porta-aviões ativos ou em desenvolvimento, como Reino Unido, Espanha, Itália e Japão, utilizam aeronaves de pouso vertical, caso do F-35B Lightning II e o AV-8 Harrier.

Tanto o INS Vikrant quanto o INS Vikramaditya operam atualmente caças MiG-29K, versão navalizada do caça russo. A existência desses meios se justifica pela busca de influência política e militar ao longo de todo o Oceano Índico, além da defesa de arquipélagos como as ilhas Andaman.
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